No meu conceito simplista, "1408" é um coito interrompido: aquele que você está quase gozando e subitamente a transa é encerrada. Foi essa a sensação que ficou ao ver o filme. Tudo porque o fim, neste caso, não justifica o meio, e duas perguntas cruciais ficaram sem respostas.
1) Por que o uso do número 1408? Para tentar ocultar o décimo terceiro andar (algo tão explícito na cena do elevador) e a soma resultar em 13? Sendo assim, poderia ser, sei lá, 1444, 1453, 1417...
2) Por que houve tantas mortes naquele quarto? Samuel L. Jackson (gerente do hotel) e John Cusack travam uma batalha interessantíssima de argumentos (o gerente tenta impedir de qualquer forma que o protagonista entre no 1408) que tudo leva a crer que existe algo misterioso por trás daquelas mortes, algum "jogo" intrincado como o utilizado em "Seven", por exemplo. Ledo engano.
O Inferno de Dante pode ter sido a inspiração? Hum... Cada um na sua no que tange à interpretações quanto às intenções do filme.
Agora, brincando um pouco de roteirista, ou de Stephen King, e sendo um pretensioso pop ao extremo, o 1408 poderia ser um código "além da imaginação" para outra dimensão, ou uma data subvertida entre os números, ou mesmo uma passagem da Bíblia, que vira e volta aparece no filme. Desta forma, os acontecimentos poderiam ser justificados e o fim poderia ser melhor do que: "sim, aquele devaneio psicológico dentro do quarto foi real e o cara esteve, mesmo, com a sua filha morta, mas... e o quéquo?". Conclusão: foi bom, mas poderia ser ótimo.
Deve ter faltado imaginação ou, então, estou ficando velho. Vai ver que é.
sábado, 8 de novembro de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Tive a mesma sensação quando assiste esse filme, ficou tudo desconexo, uma decepção... Rs, gostei da sugestão do versículo bíblico...
Postar um comentário