Voltei de viagem, estou absorto e sem idéias "originais". Portanto, vou aproveitar a falta de assunto e escrever sobre uma das minhas bandas favoritas (e se sua praia for Franz Ferdinand, Vampire Weekend, Ween, etc, vale a pena conferir): Talking Heads.
David Byrne (guitarra, vocais), Tina Weymouth (baixo, teclados) e Chris Frantz (bateria), começam a tocar em 1975. Em 1977, Jerry Harrison (teclados, guitarras), ex-Modern Lovers, é integrado ao grupo. Apesar do início vinculado à cena blank generation, os Talking Heads tornaram-se uma das bandas mais criativas e conhecidas da new wave americana (apesar desse rótulo não servir muito bem para eles). Vamos a uma rápida análise da (interessante) seqüência de discos:
O primeiro ("Talking Heads' 77", 1977) tinha aquele estigma de pop rock misturado com "esquisitice", que acabou virando marca registrada do quarteto, graças aos vocais esquizofrênicos de Byrne. O segundo ("More Songs About Buildings And Food", 1978) foi produzido por Brian Eno (ex-Roxy Music), em uma parceria que durou até 82, e já era uma tentativa de acrescentar outros estilos (funk/soul) à música feita pelos Heads. O terceiro ("Fear Of Music", 1979) trazia ritmos africanos, clima etéreo, denso, uma mudança total. O quarto ("Remain In Light", 1980) apresentava o lado experimental do grupo e de difícil assimilação (até para quem estava acostumado com os lançamentos anteriores). O quinto ("The Name Of This Band Is Talking Heads", 1982), primeiro a ser lançado no Brasil, era um disco duplo ao vivo. O sexto ("Speaking In Tongues", 1983) mantinha o mesmo caminho experimental, porém mais pop e palatável. O sétimo ("Stop Making Sense", 1984), outro ao vivo, era a trilha sonora do filme homônimo (que, por sua vez, era um registro da turnê do disco anterior). O oitavo ("Little Creatures", 1985) foi um grande sucesso, até no Brasil e, de certa forma, um retorno triunfal às origens. Por último, e sem mais delongas, o nono ("True Stories", 1986) e o décimo ("Naked", 1988) eram trabalhos dispersivos, com repetições de velhas fórmulas, o que contribuiu para o término da banda, em 1991.
Desta feita, o circulo estava fechado e para um grupo que sempre tentava mudar de estilo, e que invariavelmente acertava, os "Cabeças Falantes" foram geniais (pelo menos até o oitavo disco).
P.S. David Byrne tornou-se um daqueles artistas estrangeiros que adoram visitar o nosso país. Por sinal, ele acompanhou Caetano Veloso durante a apresentação do baiano no VMB de 2004, quando houve o famoso problema de sonorização no palco, e também foi o responsável por "revelar" Tom Zé para o mundo.
sábado, 22 de novembro de 2008
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Um comentário:
Ollaaaa meu blogueiro preferido!!!to com saudades de ti...entons..nem sei qm sao as bandas q vc coloko +so to comentando pra nao perder o costume e assim vc sabe q tem alguem q lembra de ver seu blog ^^ bjinhus de sua miguxa d Santos =*
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