O verdadeiro começo desta geração revolucionária estava nos primórdios dos anos 60. Em meio ao sucesso do pop rock de Beatles, Beach Boys e Rolling Stones, estavam escondidas bandinhas de garagem compostas por adolescentes americanos rebeldes viciados em guitarras distorcidas, batidas sincopadas e gritos incendiários. Esse clima é recuperado no final da década por grupos como MC5 e Stooges (com os vocais de Iggy Pop). Porém, um pouco antes, o Velvet Underground (de Lou Reed) já tinha contribuído ao seu modo, trazendo nuances de art rock e letras desconcertantes para a corrente psicodélica. Os experimentos de Captain Beefheart e o rock mágico de Alex Chilton também não podem ser esquecidos.
No começo dos 70, apareceram os New York Dolls (empresariados por Malcolm McLaren), um misto de garagem e glitter rock, responsáveis diretos pelo punk inglês (McLaren "criou" mais tarde os Sex Pistols).
Em fins de 74, todos os detalhes citados acima vão criar um perfil revolucionário em notáveis cérebros americanos. Surgem, então, Patti Smith, que resolveu fazer do rock uma base para a sua poesia junky, e Jonathan Richman, que, ao lado de sua banda Modern Lovers, agrupou country rock com lindas baladas.
No entanto, o nome chave para entender parte desse processo é o clube CBGB, em New York. Por essa casa noturna passaram grandes nomes do rock que viriam a ser ícones do movimento. Além da citada Patti Smith, por volta de 75/76 lá estiveram: o power-pop-bubblegum dos Ramones, as ótimas experimentações dos Talking Heads, o pop rock de Blondie (da loira Debbie Harry) e as hipnóticas guitarras do Television.
Mas lógico que existiam outros nomes que se destacavam fora de New York na mesma época, por exemplo: Runnaways, Tom Petty e o então semi-desconhecido Bruce Springsteen.
No decorrer de 76, vários grupos vão sendo incorporados à cena de New York: os Fleshtones revivem os anos 60, os ensandecidos The Cramps criam o psychobilly e Richard Hell And The Voidoids caracterizam essa geração com o seu perfil blank generation.
De certa forma, o caminho de transformações, após as décadas de 50 e 60, estava aberto novamente e muitos aproveitaram a oportunidade: Mink De Ville, Laurie Anderson, Glenn Branca, DNA, Suicide, etc...
A partir dessa cena novaiorquina, foi criado um novo conceito para o rock e várias correntes musicais viriam aparecer ao longo dos anos.
Discografia Básica
Blondie - Parallel Lines
Modern Lovers - The Modern Lovers
Patti Smith - Horses
Richard Hell And The Voidoids - Blank Generation
Ramones - Rocket To Russia
Talking Heads - Talking Heads '77
Television - Marquee Moon
The Cramps - Songs The Lord Taught Us
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário