Fui um assíduo leitor da "lendária" revista Bizz desde o seu início. Para muitos, ela era uma espécie de "Bíblia" a ser seguida fielmente, e não foi diferente comigo. De 1985 até 1998 (quando parei de comprar), tive o privilégio de acompanhar pelas suas páginas o surgimento de várias cenas musicais (BRock, grunge, mangue beat, brit pop, etc.) e a cobertura de alguns festivais que se tornaram clássicos com o passar dos anos (Rock In Rio, Live Aid, Hollywood Rock, etc.). A Bizz (Showbizz, durante um tempo) foi publicada ininterruptamente até 2001. Retornou em 2005. E encerrou as suas atividades em 2007. Em junho de 1993, quando eu ainda morava no RS, enviei uma carta "quilométrica", escrita à mão, para a redação da revista (indignado com o sucesso do grunge), que foi publicada (em parte) e respondida. Agora, resolvi compartilhar os meus "15 minutos de fama" (lembre-se que naquela época não exista blog, Twitter, Facebook, etc. A interatividade, sobretudo com um veículo de comunicação, era mais difícil). Divirta-se com a minha escrita "meia-boca", totalmente pretensiosa, e com a resposta "zoada".
DESPEDIDA (Nota do blog: título dado pela redação da Bizz)
Quando o assunto geral era Madonna, Michael Jackson, U2, Dire Straits, mainstream em geral, a crítica corria para o underground ou alternativo como uma forma de dizer que o novo estava lá. No momento em que o alternativo se tornou de domínio público a nível de massa e nas esferas de milhões de dólares, para onde vai agora? É por isso que acho que o rock está com os dias contados, jogado em alguma esquina, em farrapos e agonizando. Quando ele estiver morto não me convidem para a missa de sétimo dia, mesmo porque me formei faz quatro meses e ainda estarei procurando um emprego, a vida não está fácil e meus interesses são outros. Infelizmente me cansei de farra.
Charles Pereira
Rio Grande, RS
Que isso, tchê? Se formou, vai trampar, então vai parar de ouvir som e ir em festas? Ficou louco? Farra é que nem praga, uma vez no sangue nunca mais sai. Uma hora você estará bonitinho no escritório e vai dar aquela sensação de opressão. Você vai querer alguma zoeira. Não careteie, o que o mundo menos precisa é de mais gente bundona.
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
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Um comentário:
Bom...ressuscitando um post "morto".
Tavas certo na carta escrita...O rock morreu...
Nessa sua carta vc diz que o Grunge virou Mainstream...pode-se até dizer que apoiado em cima de uma única banda...uma única pessoa. O que acontece depois que a pessoa morre...?
O Grunge morreu junto com Cobain...pelo menos para as gravadoras...e depois de um tempo morreu para ele mesmo
O que temos fazendo sucesso hoje?
Bandas que não sabem o que é fazer música...um bando de barulhentos e chorões, que não sabem se preferem chorar ou fazer música...
Ultimamente, pelo menos em termos musicais, voltei para o fim dos anos 80 e início dos anos 90...onde o Pearl Jam ainda fazia música "audível" (Ten), e onde existia um pouco de criatividade...Mother Love Bone, Stone Temple Pilots, onde um álbum que foi feito somente em homenagem à uma pessoa consegue ser melhor do que todos produzidos atualmente (Temple of the Dog).
Até o Guns com o seu novo velho albúm não anima muito...é bom...mas...nada de novo...
Enfim...sei lá...mas por enquanto fico no Túnel do Tempo
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