sábado, 8 de novembro de 2008

Escute alto, mas com a luz apagada

Ainda sob o impacto do que foi escutar "Anywhere I Lay My Head", o tal lançamento da Scarlett Johansson, resolvi escrever estas "mal traçadas linhas" para expor a minha opinião. O álbum é bonito, melancolicamente bonito. Nem me dei o trabalho de verificar quem produziu, mas já posso adiantar que a moça andou escutando, e muito, Nick Cave, Jesus And Mary Chain, Tom Waits, Tindersticks, Daniel Lanois, Cocteau Twins, etc. Essas referências percorrem e "assombram" os aproximadamente 45 minutos do disco. Ok, vamos lá, alguns destaques: tudo começa com "Fawn", que, na maior coragem, ou cara de pau, é uma música instrumental meio jazzy, meio blues, o que deixa a entender que a intenção é fazer uma obra com um certo grau de complexidade, independente dos "dotes" de cantora da Johansson (que, como todos sabem, é uma atriz e, aparentemente, não deseja ser uma deusa pop). A partir daí as músicas vão se sucedendo praticamente emendadas umas as outras. "Falling Down", aquela do clip, é de cortar os pulsos e tem o backing vocal de David Bowie, assim como a faixa seguinte ("Fannin' Street"). "Green Grass" é puro Tom Waits e "I Don't Want To Grow Up" poderia muito bem ter sido feita pelo pessoal do Pet Shop Boys. "I Wish I Was In New Orleans" é baladinha estilo "caixinha de música" e "Who Are You" é outra balada matadora que fecha o disco e que tem a participação de Tom Waits, que provou ser, pelo jeito, uma das paixões de Scarlett Johansson, já que, tirando "Song For Jo", todas as outras músicas são de sua autoria.

Veredicto final: "Anywhere I Lay My Head" é mais indicado para quem já passou dos 30, ou para quem entende as razões do coração. That's all.

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