Depois de uma certa resistência ao hype, confesso que achei "Juno" interessante, especialmente por abordar um assunto complicado (gravidez na adolescência), etc e tal. Mas a impressão que ficou é que a produção independente estava muito, mas muito longe mesmo de ganhar o Oscar de melhor filme. Fazendo um pouco de esforço, e chovendo no molhado, o que salva "Juno" é realmente o roteiro e as interpretações dos atores, em especial o Jason Bateman e a Ellen Page. Sem sombra de dúvidas, a relação entre os dois (o cara mais velho que gosta de grunge e Sonic Youth e a menina mais nova que gosta de punk 77) era o ponto alto do filme e, ao meu ver, foi pouco explorado. Inclusive, quando eles começaram a ficar mais íntimos, eu pensei que a trama iria engatar um lado "Encontros e Desencontros" rocker, o que não aconteceu. Porém, essa situação serviu, de certa forma, como base para justificar o final soft (quando a riot girl resolve ficar de fato com o seu amor juvenil, num lapso de amadurecimento que eu não vou desvendar aqui em detrimento das pessoas que ainda não viram o filme). No mais, "Juno" revela aquela eterna angústia de todo adolescente confuso que quer encontrar o seu lugar no mundo, mas, neste caso, tendo que encarar uma responsabilidade de adulto antes da hora. Simples assim.
sábado, 8 de novembro de 2008
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