domingo, 27 de setembro de 2009

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

The fall of Ziggy Stardust

David Bowie
The Rise And Fall Of Ziggy Stardust And The Spiders From Mars (1972)

Não era ainda o auge criativo de David Bowie, algo que viria na segunda metade da década de 70, mas foi o seu ponto de partida.
Bowie havia tentado o sucesso durante 8 anos e não tinha conseguido alcançá-lo. Em um dia qualquer, teve a grande idéia de criar um personagem pop e emprestar-lhe seu talento. Nascia, então, Ziggy Stardust.
O disco que emoldurava esse personagem trazia rocks viscerais ("Star", "Hang On To Yourself" e "Suffragette City"), belas melodias ("Five Years", "Starman" e "Lady Stardust") e ótimas letras (em especial, "Rock'N'Roll Suicide"), e a banda que o acompanhava era fantástica (com o lendário Mick Ronson nas guitarras).
Em 73, o cantor "matou" Ziggy Stardust (o registro do último show virou filme) e sepultou o alienígena para sempre. Mesmo assim, Bowie seguiu na criação de seus personagens (e também começou a trafegar por vários estilos musicais, o que lhe rendeu a alcunha de "o camaleão do rock") até quase o final da década, quando fez um retiro forçado para Berlin (na tentativa de se livrar das drogas) e passou a ser produzido por Brian Eno. Mas aí já era outra (e proveitosa) história.

domingo, 20 de setembro de 2009

The rise of R.E.M.

Michael Stipe (vocais), Peter Buck (guitarra), Bill Berry (bateria) e Mike Mills (baixo), todos colegas de Universidade, começam a ensaiar em 1980 na cidade de Athens, Geórgia. No ano seguinte, lançam o compacto "Radio Free Europe", através de um selo local. Em 82, conseguem um contrato com a gravadora independente I.R.S. e lançam o EP "Chronic Town". Um ano depois é a vez do primeiro disco, "Murmur", que não consegue sucesso comercial, bem como os discos seguintes, "Reckoning" (84) e "Fables Of The Reconstruction" (85), apesar de bem executados nas rádios universitárias norte-americanas. Em 86, o álbum "Lifes Rich Pageant" consegue boas vendagens e a popularidade do grupo cresce. "Document" é lançado em 87 e chega ao décimo lugar da parada, puxado pela música "The One I Love". É nesse disco que também está "Its The End Of The World As We Know It (And I Feel Fine)", outro grande sucesso do grupo. Com a popularidade aumentando, eles assinam, no ano seguinte, com a Warner e lançam seu primeiro álbum por uma grande gravadora. "Green" chega ao Top 10 e trás hits como "Pop Song 89", "Stand" e "Orange Crush". Segue-se uma bem sucedida turnê mundial. O grande sucesso de público é alcançado com "Losing My Religion", música que atinge o primeiro lugar na parada americana, e que faz parte do disco "Out Of Time", de 91. Nos anos seguintes, trocam de baterista, vêem ao Rock In Rio 3, e lançam grandes trabalhos, porém sem seguir os passos e a popularidade de "Out Of Time", acertadamente.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

O outro lado de Swayze

"Dirty Dancing" (87) e "Ghost" (90) foram os filmes mais famosos, digamos assim, de Patrick Swayze. Mas vou me deter em outros três menos badalados que também tiveram a sua participação, e que merecem ser (re)vistos: "Vidas Sem Rumo", "Caçadores de Emoção" e "Matador de Aluguel".

"Vidas Sem Rumo" (83) foi dirigido por Francis Coppola e apresentava aquela temática manjada de "jovens desajustados procurando o seu lugar no mundo", coisa e tal. É um filme (cult) bem interessante e que acabou revelando vários atores que se tornaram "figurinhas fáceis" em algumas produções dos anos 80: C. Thomas Howell, Ralph Macchio, Rob Lowe, Emilio Estevez, Tom Cruise, etc. Já no drama policial "Caçadores de Emoção" (91), Swayze é um praticante de esportes radicais que rouba bancos "para sobreviver" e é perseguido por um investigador criminal (protagonizado por Keanu Reeves) infiltrado no seu grupo de amigos. É adrenalina do começo ao fim. Porém, desses filmes relacionados, o melhor, para mim, creio que seja "Matador de Aluguel" (89). Aquela atmosfera de bar de beira de estrada e as participações de Sam Elliott (sempre canastrão) e do falecido guitarrista Jeff Healey criaram um clima totalmente "rock and roll motherfucker" para uma produção apenas mediana, mas que é compensada por trazer muita música, farra, discussão e "porradaria" a torto e a direito.

Além de atuar, Patrick Swayze chegou a "emprestar a sua voz" para uma música da trilha sonora de "Dirty Dancing". "She's Like the Wind" fez um certo sucesso na época.

R.I.P.

domingo, 13 de setembro de 2009

Vale a intenção?

"Escrever de maneira genuína é escrever como qualquer um fala. Qualquer um que tenha perfeito comando das palavras, e que discurse com facilidade, força e perspicácia, abandonando qualquer floreio pedante."

(Henry Hazlitt, jornalista americano)

É isso que eu, pretenciosamente, tento fazer. Tento... e só.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

O cabotino da boa ação

Existem alguns blogs que abarrotam o seu conteúdo com bandinhas furrecas de qualquer parte do planeta, em uma tentativa de procurar estrelas em tão pouca constelação, certo? Agora, das duas, uma: ou quem escreve tem uma capacidade imensa de se enjoar rapidamente e fica sempre "cavucando" algo mais, feito vício, ou o blog star quer ser simplesmente uma pessoa "descolada", geralmente coisa de crítico nerd "moderninho" que gosta de revelar grupos que somem em cinco minutos. Em ambos os casos, na tentativa de se tornar relevante, o blogueiro passa a se dedicar a assuntos efêmeros, superficiais, sempre na espera da next big thing. Se o escriba for jovem, ainda dá para entender. Por outro lado, fica ridículo imaginar um tiozinho dando valor para uma banda de "carimbó-indie-techno-trash da Coréia do Norte". Coisa de gente perturbada que ainda não encontrou o seu lugar no mundo (ou escravo do seu trabalho, aí o dinheiro justifica tudo). No entanto, vou fazer a minha boa ação para quem acha que este blog é retrógrado.
Há certo tempo, foi publicada em uma (finada) revista de circulação nacional uma materia sobre um tal de New Weird America (ô rótulo) com as seguintes bandas: Black Mountain, Apes, Pelican, Explosions In The Sky, The Gris Gris, Dead Meadow, Comets on Fire, Kinski, Secret Machines, Mars Volta, Drunk Horse, Tarantula AD, The Warlocks, Fucking Champs, Mushroom, Greadayforup, Icarus Line, Battles, Black Lips, Archie Bronson Outfit, Deerhoof, Sunburned e Ampbuzz.
Buenas, se é do seu interesse, vá atrás da matéria (ou pesquise no Google), procure seu alvo e atire na esperança de acertar. Eu não tenho mais paciência de ficar "mirando" e de constatar que matei gato por lebre, caso contrário não acharia o Mars Volta interessante e um pé-no-saco ao mesmo tempo (e nem sei o "qual é" das outras bandas).

Não sou (tão) jovem e muito menos crítico profissional. Entonces...

domingo, 6 de setembro de 2009

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Up


Muito bem. Desde já, escolho o melhor filme do ano. E é uma animação da Disney-Pixar.

"Up - Altas Aventuras" conta a história de Carl Fredricksen, um senhor de 78 anos que resolve fazer a maior aventura de sua vida, ir para as florestas da América do Sul, realizando um sonho que era seu e, sobretudo, da sua amada companheira. Sim, "Up" é uma sensacional história de amor e aventura.
Tudo começa quando o jovem Carl conhece, de forma casual, a menininha Ellie, igualmente fascinada pela exploração geográfica, mas com um comportamento bem diferente, ela é mais "elétrica" que Carl. Os dois se tornam amigos e Ellie relata que desejaria explorar as florestas da América do Sul. Logo em seguida, há um corte no tempo e ambos já aparecem crescidos e contraindo matrimônio. Nesse momento, vem uma das partes mais emocionantes do filme (e claramente focada no público adulto): sem um diálogo qualquer, apenas com imagens e música (e nada piegas), toda a vida do casal até a velhice é apresentada para os espectadores, e é impossível não ficar sensibilizado com o que acontece na tela. A partir dali, a animação toma forma de filme de aventura mesmo. Carl, após um "probleminha" com a justiça e com a especulação imobiliária, arruma uma maneira original de ir para a América do Sul (antes tarde do que nunca, no entanto, sem Ellie) e leva consigo, sem querer, o jovem Russell, um menino de 8 anos, extremamente curioso e também explorador da natureza.
E a animação segue fluída, branda, como movimentos gráficos beirando a perfeição. Porém, os detalhes mais legais do filme, as partes engraçadas, e o que acontece até o final, eu não vou contar porque "Up - Altas Aventuras" deve ser visto e compreendido como um daqueles pequenos prazeres que nos deixam "extasiados", como uma revelação de que vida pode fazer sentido em qualquer situação desfavorável (e em qualquer época), como uma celebração das amizades verdadeiras que surgem ao acaso, e como uma constatação de que o amor, realmente, move montanhas (neste caso, uma casa).

Assista e depois tire as suas próprias conclusões.

Bom divertimento.