quinta-feira, 29 de abril de 2010

ZZZZZZZZZZZZZZZZZ...

Esse "movimento" emocore tá forte no Brasil, não? O que tem de banda "fenfível" (sic) fazendo "rock sertanejo". Defendi esse pessoal por aqui tempos atrás, porém fica difícil segurar a barra quando a gente percebe que a maioria deles mal deve saber quem foi Kurt Cobain (Ramones não vale, é lugar comum). E essa "evolução" colorida que tá em voga nada mais é do que um revival da new wave, curtição dos pais da moçada.

Por aqui, tá assim. Nos EUA, o pop/r&b/rap domina. Na Inglaterra, nem sei o que tá rolando. Austrália? Alemanha? Nova Zelândia? Kurdiquistão?

O rock não morreu, mas como profissão de fé, como estimulo criativo, como... errr... transgressão, já era.

domingo, 25 de abril de 2010

"Deuses" do metal

Led Zeppelin
Physical Graffiti (1975)

O Led Zeppelin foi um dos alvos prediletos dos punks, devido ao virtuosismo do guitarrista Jimmy Page e ao excesso de extravagância do grupo, permitido pelo sucesso dos seus discos. Em 1975, antes da anarquia tomar conta do UK, eles lançaram este álbum duplo, o sexto da carreira da banda, contendo rocks concisos e poderosos como "Custard Pie" e "Trampled Underfoot", contrastando com músicas de escalas orientais e de guitarras sobrepostas como "Kashimir", "In The Light" e "In My Time Of Dying", esta última cantada de modo debochada pelo histriônico Robert Plant. Page, imbuído em uma autêntica alma rock and roll do it yourself, também assumiu o posto de produtor do disco, conseguindo o seu momento máximo. O interessante em "Physical Graffiti" é que ele se tornou um álbum duplo porque o grupo resolveu lançar, acertadamente, sobras de discos anteriores. Uma senhora "xepa".

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Conteúdo e diversão

"As letras das músicas podem ensinar algo às crianças. Não é apenas diversão. Você não vai conseguir divertir uma pessoa que está com medo ou com fome".
(Bob Marley)

"O rock foi feito para ser engraçado, para dançar, para te refrescar no final do dia. Música não derruba governos, nem inicia revoluções".
(Paul Weller)

E agora, quem está certo?

domingo, 18 de abril de 2010

Revelação

Um dia vestido
De saudade viva
Faz ressuscitar
Casas mal vividas
Camas repartidas
Faz se revelar

Quando a gente tenta
De toda maneira
Dele se guardar
Sentimento ilhado
Morto, amordaçado
Volta a incomodar

Fagner

quinta-feira, 15 de abril de 2010

domingo, 11 de abril de 2010

Adult Alternative Pop/Rock



Ele era vocalista do grupo Lloyd Cole And The Commotions. Após três discos gravados (entre 84 e 87), o lead singer resolveu deixar as suas comoções de lado e saiu em carreira solo, lançando bons trabalhos. Esta música é do seu primeiro álbum, simplesmente intitulado "Lloyd Cole". Um excelente cartão de visitas.

"No Blue Skies" - Lloyd Cole

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Cultura (in)útil

O título "The Power Of Love" bateu uma espécie de recorde em 1985, quando três canções diferentes assim batizadas tornaram-se hits praticamente ao mesmo tempo. Os autores da façanha foram: Frankie Goes To Hollywood, Huey Lewis And The News e Jennifer Rush. Esta última, por sinal, foi "agraciada" com uma versão em português, a pavorosa "O Amor E O Poder" (aquela da Rosana).

E isso mudou a sua vida, claro... :)

domingo, 4 de abril de 2010

A invasão do BRock

Ultraje A Rigor
Nós Vamos Invadir Sua Praia (1985)

"O Roger é o Adoniran Barbosa do rock". A feliz frase dita por Lobão define bem a verve satírica que Roger Moreira (letrista e vocalista do Ultraje A Rigor) tem em comum com o sambista contador de "causos", e que sempre serviu como carro-chefe na execução de seus trabalhos.
Lançado em 85, o primeiro disco da banda é um autêntico "O Melhor de", recheado de observações irônicas e de entretenimento sem compromisso. Nada menos do que 9 faixas das 11 tocaram nas rádios; desde super sucessos como "Nós Vamos Invadir Sua Praia", "Ciúme", "Eu Me Amo", "Marylou" e "Inútil" (esta última sugerida como Hino Nacional por Raul Seixas); passando por hits medianos como "Rebelde Sem Causa" e "Mim Quer Tocar"; e chegando em músicas de menor penetração pop como "Zoraide" e "Independente Futebol Clube". O álbum mistura punk, surf music, reggae e rock and roll de tal maneira que não tem como ficar indiferente à avalanche sonora e divertida do grupo. Sem contar o clima em que o disco foi gravado. O próprio Lobão, que participou da faixa-título, saiu dos estúdios com um papel escrito "viado" colado nas costas, ou coisa que o valha. Típico da zoeira juvenil que sempre rondou a banda e que resultou em um dos melhores álbuns de rock já lançados neste país.

Se você gosta de rock nacional, e chegou nesta praia agora, aceite a invasão.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Synth Britannia - Parte II

Depois de ver o documentário, notei dois fatos relevantes:

1) Ficou claro que existiam algumas ramificações enraizadas dentro do próprio gênero. Tinha o pessoal mais experimental (The Normal, Cabaret Voltaire, etc), aqueles que eram experimentais e que migraram para o pop (Human League, Ultravox, etc), a galera mais pop (Depeche Mode, Pet Shop Boys, etc), e ainda os que flertavam com as sonoridades dos anos 60 (Yazoo, com os vocais soul da Alison Moyet, Soft Cell, etc). Esse tipo de comportamento era bem característico daqueles tempos pós-punk.
2) O segundo fato, e mais do mesmo, tem a ver com o menosprezo da imprensa pelo estilo. Os críticos musicais ingleses estavam, obviamente, contaminados pelo punk rock e quando apareceram aqueles moleques com sintetizadores, baterias eletrônicas, e outros badulaques, o cenário virou um autêntico campo de batalha entre os radicais das guitarras e os "tecnólogos" do futuro.

Por último, e porque nada é perfeito, vale mencionar que ficaram faltando nomes importantes como Bronski Beat, A Flock Of Seagulls, ABC, Buggles, etc.

P.S. O vídeo em ordem cronológica com as apresentações na BBC é imperdível.