sábado, 31 de janeiro de 2009

Mas mantenha o respeito

Sempre que ouço/leio a frase "eu moro onde você passa férias", automaticamente vem outra em minha cabeça: "que significado babaca tem essas palavras". Passar férias é sinônimo de relaxamento, de nenhum compromisso, e ninguém precisa transferir essa imagem distorcida para turistas desavisados. No caso de Florianópolis, há muita badalação sensacionalista e seus habitantes sabem que a capital de SC não é uma festa o ano todo. Aliás, "pegar uma prainha" aqui é no verão e só. Pode esquecer. As estações são bem definidas e inverno é inverno mesmo e ponto final, ao contrário de outras capitais do país. Florianópolis é uma cidade admirável, com várias belezas naturais e com um povo acolhedor e carismático (principalmente os nativos manézinhos), porém, como no restante do Brasil, também existem problemas sociais pela região, não tenha dúvida. Eu não nasci aqui, no entanto meus pais são, de certa maneira, "manés" de um município perto (de mesma colonização açoriana). Portanto, conheço Floripa desde pequeno e sei que a qualidade de vida melhorou muito nos últimos anos e que o rótulo de Ilha da Magia serviu para amplificar as atenções, mas "morar onde você passa férias" é relax demais. Não tem mistério ou segredo algum, o crescimento econômico da capital (baseado no turismo e, recentemente, e mais importante, no conhecimento) é a realização concreta e real do trabalho de várias pessoas que gostam desta cidade. Florianópolis merece mais respeito.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Vamos a la playa



Em clima de verão, o legítimo dia de sol da gauchada. :)

Clip manjado, mas vale pela sutil (?) crítica ao estilo praiano.

"Bom Brasileiro" - Cachorro Grande

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

A dança do vampiro

Mostrei o clip e agora comento, com atraso, o disco: Dei (epa! opa!) uma "ouçida" no cd do Vampire Weekend e a impressão que ficou, após duas rodadas, é que o pessoal da banda não sabe tocar lhufas alguma (no sentido low profile, intencional), na melhor tradição Velvet Underground/The Fall/Teenage Fanclub, mas sem parecer ou empolgar como os grupos citados. Se levarmos em conta que os caras têm como uma de suas referências a criatividade do Talking Heads (e também do Paul Simon fase "Graceland"), a situação fica ainda pior: o afro-pop do disco não engrena. Que sacrilégio! Mas há esperanças; "Cape Cod Kwassa Kwassa" (onde eles citam o Peter Gabriel), "A-Punk", "I Stand Corrected" e "Walcott" são músicas interessantes.

Não queria escrever o óbvio, porém... lá vai: Faltou "sangue", rapaziada!

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Cê tá pensando que eu sou...

"Loki?", primeiro álbum solo de Arnaldo Baptista (ex-Mutantes), lançado em 1974, é um daqueles discos estranhos de se escutar logo de cara, mas que inexplicavelmente vicia depois, mesmo com aquelas letras de desiludido procurando razão para morrer (ou de malucão querendo alucinógeno para viver). Culpa da Rita Lee (e do LSD).

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Yes, we can!

A super popularidade de Barack Obama está apoiada em duas causas bem visíveis:

1) Ele substitui um dos presidentes mais impopulares (senão o maior) que os EUA já tiveram. Um bocó republicano que colocou o seu país em uma guerra cujos motivos até hoje não estão bem claros. Um sujeito que foi reeleito de forma estranha e truculenta. Um incompetente que deixou a economia mundial em frangalhos ao assistir o quebra-quebra dos bancos e da bolsa de valores americana sem uma ação concreta para evitar a recessão. A sapatada foi insuficiente.
2) Obama é o primeiro presidente afro americano de um país cuja segregação racial não foi nem um pouco velada. Dois ícones máximos da luta contra o preconceito racial, um que pregava uma solução pacífica (Martin Luther King) e outro mais radical e separatista (Malcolm X), foram assassinados por defenderem os direitos dos negros americanos. É fácil constatar o quanto a eleição de Barack Obama foi importante ao lembrarmos que a famosa e sangrenta guerra civil americana foi originada devido à problemas raciais (o norte do país era abolicionista, o sul não). Portanto, a presidência de um afro americano para aquela nação, em uma análise imediata e simplista, significa a união entre raças, a união de todos. E a campanha dos democratas foi e está sendo baseada justamente nisto: no voluntariado, ou seja, no que John F. Kennedy pregou no seu discurso de posse (faça pelo seu país). Recado certeiro para quem precisa enfrentar uma crise econômica interna e de identidade, fruto de oito anos de governo Bush.

Aparentemente, Obama tem o perfil de quem pode realmente liderar a nação mais poderosa do mundo para novos e prósperos caminhos. Vamos ver no que vai dar. O que for bom para eles, pode ser bom para nós.

E isso tudo você já sabia, não é?

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Aparência e conteúdo

Dizem as boas línguas que a edição mais vendida da Bizz, em números absolutos, foi aquela que teve o Soup Dragons na capa, ou, na venda proporcional, o Faith No More. Caramba! Soup Dragons e Faith No More não são bandas "pop" na concepção da palavra. Portanto, não existe garantia de que uma capa com um astro super badalado vá vender horrores. O que há, então, é a famosa fórmula de utilizar alguém que está em evidência no momento e depois esperar para correr para os braços da torcida (ou não). Agora, é claro, é óbvio que o "recheio" da revista é muito mais importante (se bem que cultura pop é um tema um tanto quanto extenso e pode virar uma "misturança" de informações), o resto, e mais interessante para as editoras, são números de vendas.

domingo, 18 de janeiro de 2009

The bitch is back!

O tempo é um senhor perverso. Quarenta anos de carreira no mundo do pop rock "não são bolinhos" e para alguns podem ser sinônimos de ostracismo. Para Elton John significa fazer shows burocráticos. Vestindo um fraque com temas tropicais (flores, folhas, tucanos, borboletas, etc), discreto perto do que ele usava na década de 70, o rock star inglês fez uma apresentação digamos... ok, ontem, em São Paulo. A Arena Skol Anhembi estava lotada de fãs, que tiveram de esperar 13 anos para ver o retorno do cantor em terras brasileiras e foram recompensados com um caminhão de hits. Acompanhado de seus velhos amigos Nigel Olsson (bateria) e Davey Johnstone (guitarra), Elton John, 61 anos, demonstrou que ainda possui uma voz poderosa e exibiu o seu habitual carisma ao se relacionar com a platéia de forma amistosa. Um Sir, realmente. Algumas músicas viraram autênticas jam sessions ("Madman Across the Water", "Rocket Man" e "Bennie And The Jets") e outras foram executadas apenas ao piano ("Candle In The Wind" e "Skyline Pigeon"). No entanto, parecia que os músicos estavam mais animados ("fazendo o seu som no palco") do que o público presente, e quando tudo apontava para uma completa decepção, o clima começou a esquentar na seqüência final: "Philadelphia Freedom", "I'm Still Standing", "Crocodile Rock" e "Saturday Night's Alright (For Fighting)", última música do set list antes do bis, entusiasmaram a platéia. O cantor britânico voltou, tocou a já citada "Skyline Pigeon" e encerrou o show com a linda "Your Song".
É... Para quem conhece o trabalho de Elton John, e descontando o longo tempo de estrada, foi uma apresentação apenas "curtível", mas a nova geração deve ter pensado: "que bosta de banda de tiozinhos com aquele gordinho ridículo cantando". Calma, emos. A titia Elton já foi legal!

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Déjà-vu de verão

E hoje começa o festival mais tradicional do Sul do país, com vários artistas conhecidos "por demais da conta". A Ilha é pop. E quem se importa? Se para você não interessa saber quem está no palco e o que vale é pagar o ingresso para "garantir a pegação", parabéns (a organizadora está pouco se lixando). Encarar uma sequência de pop rock saturado, pagode, sertanejo e música eletrônica só mesmo com segundas e terceiras intenções. Se é que você me entende.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Something Better Change



Don't you like the way I move when you see me?
Don't you like the things that I say?
Don't you like the way I seem to enjoy it?
When you shout things but I don't care

Something's happening and it's happening right now
You're too blind to see it
Something's happening and it's happening right now
Ain't got time to wait

I said something better change
I said something better change
I said something better change
I said something better change

Don't you like the way I dance? Does it bug you?
Don't you like the cut of my clothes?
Don't you like the way I seem to enjoy it?
Stick my fingers right up your nose

Something's happening and it's happening right now
You're too blind to see it
Something's happening and it's happening right now
Ain't got time to wait

I said something better change
I said something better change
I said something better change
I said something better change

I said something better change
I said something better change
I said something better change
I said something better change

The Stranglers

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Pois é... O terceiro disco

Eu gosto de Franz Ferdinand, mas no disco novo ("Tonight: Franz Ferdinand") os caras da banda "subiram no telhado". Como eu já imaginava, quando escrevi neste blog sobre o single "Ulysses", eles meio que abandonaram aquela pegada Gang Of Four e apostaram, na maioria das faixas, em batidas funkeadas, dançantes (ou rocks dançantes?), e em "brinquedos" eletrônicos (que porra é aquela que acontece em "Lucid Dreams"?). Podia funcionar, lógico. Sem problemas. Porém, não foi isso que aconteceu. É um trabalho realmente morno, sem inspiração, sem música que "grude na cabeça". E tem mais: só a dançante (dançante por dançante) "Do You Want To" do disco anterior já é superior a qualquer pretensão "chacoalhante" do cd atual.

Quem dançou foi o Franz... É a minha opinião.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

O Som da América Jovem

Quando eu tinha meus 14, 15 anos, entre new waves e BRocks, eu também curtia um tipo de música pop, suave, envolvente, cantada por jovens afro-americanos da década de 60, embora não fizesse idéia alguma do que se tratava. Mais tarde, após ler e reler, matei a curiosidade e fui saber que era soul music. Feito um soul man dos pampas, segui atrás de tudo que tivesse a ver com o assunto. E um nome logo apareceu em destaque: Motown Records.
A gravadora foi fundada por Berry Gordy Jr., um ex-lutador de boxe que conseguiu criar uma verdadeira usina de artistas e de músicas de sucesso ao casar habilmente o pop com o rhythm & blues e o gospel. O sucesso foi tamanho que a sua sede, localizada em Detroit, foi auto-apelidada de "Hitsville, USA", e de lá saíram nomes como Michael Jackson, Stevie Wonder, Marvin Gaye, Four Tops, Diana Ross, Smokey Robinson, Temptations, Lionel Richie, Rick James, etc, e músicas sensacionais como "My Girl", "Stop! In the Name of Love", "I Heard It Through the Grapevine", "The Tracks of My Tears", "I Can´t Help Myself", "ABC", etc. A Motown ainda contava com a excelente banda de estúdio Funk Brothers, com o coreógrafo Cholly Atkins, e com importantes produtores musicais como Nicholas Ashford e Valerie Simpson; Norman Whitfield, e a equipe de Brian Holland, Lamont Dozier e Eddie Holland. Resultado: mais de 180 primeiros lugares nas paradas e 14 nomes no Rock and Roll Hall of Fame até hoje.
Em 1983, um especial de televisão intitulado "Motown 25: Yesterday, Today, Forever" foi produzido (contendo a performance da maioria desses artistas, inclusive a de Michael Jackson, no auge, e a de Marvin Gaye, em uma de suas últimas aparições na TV, se não for a última) e recebeu um Prêmio Emmy. Cinco anos depois, Gordy Jr. vendeu a empresa por US$ 61 milhões. Uma empresa que ele começou há 50 anos com míseros US$ 800 emprestados dos seus pais.
Como Berry Gordy disse: "Nós faremos música para o mundo. Nós não faremos música "negra", nós faremos música contendo grandes histórias e grandes batidas". E conseguiu.

Parabéns, Motown!!!

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Pequena alegria

Vou ter que dar o braço a torcer. O disco do Little Joy, banda de Fabrizio Moretti (baterista do Strokes) e de Rodrigo Amarante (guitarrista/vocalista do Los Hermanos), é muito bom. Escrevo "ter que dar o braço a torcer" porque recentemente andei metendo o pau no Los Hermanos, mas vai ver que o lado chato do grupo era o Camelo da Mallu(ca), não sei... No Little Joy, Moretti também toca outros instrumentos e a contribuição mpb/bossa nova de Amarante é bem delineada, porém a mistura dos ritmos brasileiros com pop, folk, indie, e rock anos 60 (não necessariamente na mesma canção) é o grande atrativo do álbum. Quase todas as músicas são cantadas em inglês, a exceção é a última ("Evaporar"), e além de Amarante a americana Binki Shapiro (a terceira integrante) também coloca sua voz em algumas. Outra característica que chama atenção no disco é o som "abafado" das 11 faixas, dando um gosto de produção low-tech.
Nos 31 minutos de duração (little, não é?), o pessoal do Little Joy fez um dos melhores discos do ano passado e promete gerar comentários do tipo "ame-o ou deixe-o".
Destaques: "Brand New Start", uma balada "ensolarada"; "No One's Better Sake", geléia geral com jeitão reggae; "Keep Me In Mind", a única que lembra a batida do Strokes; e "How To Hang A Warhol", que parece uma mescla de Creedence Clearwater Revival com The Byrds.
"Joynha"!

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Como "deve" ser...

Dois meses de blog e escrevendo textos diários. Confesso que não é fácil. Então dê-lhe letras de músicas, listas, frases, e pautas antigas para completar as lacunas do dia a dia. Dessa forma, a quantidade estava suplantando a qualidade, tornando qualquer pensamento idiota em um possível tema para post. Sendo assim, tomei uma decisão: de agora em diante, só vou escrever quando o assunto for pertinente e quando der vontade (pode ser amanhã, ou não). Para o bem do blog.

Fique ligado!

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

A nova ordem

Estava pensando: essa minha mania de rock anos 80 tem algum sentido agora, quase trinta anos depois? Talvez. As músicas eram melhores? Não necessariamente. Tranqueiras existem em qualquer década. As bandas gringas eram melhores? Hum... Posso dizer que o rock britânico era mais evidente do que o americano. Porém, isso não significa que eram melhores ou piores. As bandas nacionais (e era aqui que eu queria chegar) eram melhores? Digamos que sim. Podem perder na instrumentação, produção e gravação dos discos, mas em matéria de diversão, conteúdo e popularidade dão de relho, fora o caminho aberto quase à força em pleno rescaldo da ditadura e a variação de estilos presentes em um mesmo momento: Paralamas do Sucesso era diferente de Barão Vermelho, que era diferente de Ultraje a Rigor, que era diferente de Legião Urbana, que era diferente de Kid Abelha e os Abóboras Selvagens, que era diferente de RPM, etc e tals... Essa galera fez muito sucesso e também faria nos dias de hoje. Comparando com a geração dos anos 90 em diante, Skank, Pato Fu, Jota Quest, e até emos, teriam, quem sabe, a sua chance, mas Raimundos, Chico Science e Nação Zumbi, O Rappa, Planet Hemp, Charlie Brown Jr., CPM 22 e outros menos votados ficariam à margem, como ficaram os próprios oitentistas De Falla, Ratos de Porão, Violeta de Outono e Sepultura. Então, por que as bandas dos 80 fariam sucesso hoje? A resposta é simples: a maioria delas, e isso é muito importante salientar, se preocupava em fazer músicas com arranjos não tão elaborados, mas diretos, sem muitas experimentações, e com uma certa linha melódica e letras nada boçais que expressavam muito bem o que era ser jovem e/ou viver em um país difícil como o nosso. Essa fórmula é infalível e aplicável em qualquer época. Contudo, a nova ordem é outra e o cenário atual está diferente. Não existe mais banda com esse perfil (não que eu conheça). A nova ordem (pós grunge) é não ser pop. Exemplo clássico: lembro muito bem quando o Los Hermanos fez um enorme sucesso com "Anna Julia". Depois os caras nem queriam saber mais da música, boicotaram direto, como se fosse proibido ser tão pop assim. Acabaram boicotando a si próprios diante do grande público. Comportamento mais jeca-tatu. No entanto, alguém pode estar imaginando: "Pô, atitude certa dos caras... Legal toda essa geração ter atitude indie e não querer ser pop!" Legal? Legal o cazzo! Seja indie, mas não seja radical a ponto de desprezar o sucesso!

Ok... Creio que o radical anacrônico seja eu e pensei idiotice.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Floyd-se!

Buenas, sempre tive um pouco de preconceito (ou muito) com o som do Pink Floyd. Achava cabeça demais, som para chapado, para velho (isso por volta dos meus 13 anos, e, convenhamos, todo adolescente é um completo trouxa, certo?). Por essa época, caiu no meu colo o "The Wall", que eu achei uma droga medonha (com duplo sentido e tudo). Depois, tentei o "The Piper at the Gates of Dawn" e... nada (o baque foi pior ainda). Quando criança, então, tinha um medo que me borrava todo daquela música "Time" (do clássico "The Dark Side of The Moon"). Mas, claro, com o passar do tempo (aproveitando o gancho), a gente revê certos conceitos "existenciais" e acabei me rendendo à música dos caras ao comprar o "Wish You Were Here". Mesmo assim, continuo não gostando do "The Wall" (porém, eu acho o filme duca!) e nem do "The Piper...". O resto da discografia, deixei de lado. Tentei, mas não deu "barato". Sabe cumé?

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Apenas 17 anos



Ela é uma adolescente australiana, mas já demonstra talento de gente grande. Apesar do clip ser de 2007, e do disco de estréia ter sido lançado em março do ano passado, só agora a menina recebeu atenção do grande público (ou a minha).

"Sweet About Me" - Gabriella Cilmi

domingo, 4 de janeiro de 2009

Vergonha exposta

Para a minha vergonha, ou para a vergonha do portal que teve essa coragem, a biografia do Sigue Sigue Sputnik que está no Whiplash foi escrita por mim, circa 2001. Entonces... Segue a "obra-prima" de texto (só dei um ctrl+c ctrl+v e nem me importei em corrigir os erros de português):

Por Charles Pereira

Você conhece o Sigue Sigue Sputnik? Não? Tony James? Piorou? E Billy Idol? Agora acho que melhorou um pouco... Mas o que Billy Idol tem a ver com esta história. Ele, diretamente nada, mas Tony James, sim... Os dois, lá nos idos dos anos 70, tinham uma banda chamada Generation X, que chegou a fazer um certo sucesso no circuito punk inglês da época.
No começo dos anos 80, a banda se desfez. Billy Idol foi colher seus frutos na América, recebendo o rótulo de "punk de boutique", enquanto Tony James pensava em formar uma banda imaginária perfeita. Passou meses vagando por lugares exóticos à procura de sangue novo, rostos diferentes e pessoas que não soubessem nenhuma nota musical e que tivessem apenas vontade de tocar.
Através de um amigo, conheceu Neal X, guitarrista. Ele foi o primeiro membro do grupo, usava um enorme topete oxigenado e compartilhava dos mesmos gostos musicais de Tony James (Eddie Cochrane, Gene Vincent, Elvis Presley, etc...). Juntos, continuaram a sua peregrinação atrás de outros membros para a banda. Conheceram Martin Degville e Yana Ya-Ya, que eram donos de uma loja de roupas em Kensington Market. Os dois se tornariam o futuro cantor e a futura tecladista do grupo, respectivamente.
Martin Degville era um sujeito extravagante, o que era perfeito para as pretensões de Tony James. Já Yana Ya-Ya fazia o estilo "loura platinada". Para completar a loucura total, entraram dois bateristas (!?); Ray Mayhew e Chris Cavanaugh. O termo exato não é bem loucura e sim autopromoção. Tony James era responsável pelo forte visual e pelo marketing do grupo.
Após reunir todo o pessoal, agora só estava faltando um nome para a banda. Tony James tinha lido no International Herald Tribune algo sobre uma gangue de rua em Moscou, chamada Sigue Sigue Sputnik ("Queime, Queime, Sputnik", em russo). E também se lembrou do fato de que Little Richards não quis mais cantar após o feito do satélite Sputnik, primeiro a completar a órbita terrestre. Estava definido, então. O nome seria Sigue Sigue Sputnik.
Com Tony James e Neal X tocando guitarras, eles passariam dois anos tocando clássicos dos anos 50 e 60 até que cada um descobrisse o seu potencial. Mesmo sem terem ainda composições próprias, eles se autodenominavam "a quinta geração do rock" e já chamavam a atenção por toda Londres. Foram capas de algumas publicações e receberam até uma proposta da CBS para gravar uma demo tape, recusada pela banda por "ainda não estar nos seus planos".
Em meados de 85, fizeram seu primeiro show multimídia no Electric Screen de Londres. Com letras evocando sexo e tecnologia, eles tocaram todas as suas musicas que soavam como uma só. Mesmo assim os jovens da platéia se divertiram muito, o que atraiu a atenção dos agentes de gravadoras. Assinaram, então, com a EMI e lançaram o primeiro single, "Love Missile F1-11", produzido por Giogio Moroder (produtor e criador da disco music eletrônica). A música era bastante dançante, com guitarras espaciais e recheada de efeitos especiais e samples. De imediato, foi um sucesso na Europa e Japão.
Para conquistar o mercado americano fizeram um clip utilizando imagens de filmes como o Exterminador do Futuro e Apocalypse Now. Seguiram fazendo shows, muitos com incidentes violentos. Em junho de 86, saía o LP Flaunt It, gravado em apenas quatro dias e todo produzido por Moroder. O disco era interessante, apesar de quase todas as músicas se parecerem com "Love Missile F1-11".
Lançaram um segundo single intitulado "21st Century Boy" e sofreram duras críticas. Mas as vendas do disco iam bem, especialmente no Brasil, onde venderam 150 mil cópias, mais do que na Inglaterra. Sabendo disto, convidaram, em 88, o produtor brasileiro Liminha (ex-Mutantes) para produzir o single "Dressed For Excess", faixa-título do segundo disco do grupo.
Porém, parecia que algo não ia bem na carreira do grupo. Dress For Excess, que trazia na capa a frase "This time it’s music ("Desta vez é música"), foi ignorado pela crítica e não alcançou sucesso perante ao público. Em 89, a banda iniciou no Brasil a turnê mundial de lançamento do disco.
No ano seguinte, lançaram The First Generation, LP que conta com versões demo de faixas do primeiro disco, três inéditas e mais uma cover ao vivo da música “Rebel Rebel”, de David Bowie. Era o último lançamento do grupo, que se separou neste mesmo ano com a saída de Tony James, convidado para tocar no Syster Of Mercy.
A idéia de juntar música, moda, cultura jovem e estratégia de marketing durou o quanto deveria durar, como disse Tony James "ficamos desiludidos com o fracasso inesperado do segundo disco". Em 2000, a banda retornou com Tony James, Martin Degville e Neal X, fazendo alguns shows. Mas a "piada" contada pela segunda vez já não era a mesma coisa...


Hein?! Hein?! tsc tsc tsc

sábado, 3 de janeiro de 2009

"Quantas emoções!"

O vocalista do Weezer, Rivers Cuomo, revelou à revista Billboard que sua banda lançara uma coletânea de lados B, sem data prevista, e que saira em turnê com o Oasis em 2009.

Lados B do Weezer?! Weezer com Oasis?!

A primeira notícia é de chorar de tanto rir e a segunda é de chorar... mesmo. E as razões são simples: não gosto dos lados A do Weezer, quanto mais dos lados B, e eu acho o Oasis uma meeeerda de dar gosto. Quer dizer, o primeiro disco é uma merdinha boa, mas o resto...

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

O "maravilhoso" mundo do Rock And Roll!

"Iggy Pop...?!? Musicalmente ele é ruim." (Johnny Rotten)
"Não senti a menor pena de Jim Morrisson quando ele morreu." (Lou Reed)
"Lou Reed é legal, pena que ele só faça música boa a cada dez anos." (Morrissey)
"Rock'N'Roll é uma bobagem, mas é minha vida, meu trabalho." (Renato Russo)
"Cheirei o meu avião, meu carro, a minha casa... Estávamos afundando nas drogas." (Steve Tyler)
"Gostaria de nunca ter aparecido na MTV. Me sinto um bobo tendo de falar sobre a banda o tempo todo." (Eddie Vedder)
"Não vejo Brian como um cantor. Ele canta como se um caminhão tivesse caído no seu pé." (Angus Young)
"O Rock foi uma maneira que eu descobri para me impor às pessoas." (Cazuza)
"Sou confuso, não tenho resposta para nada." (Kurt Cobain)
"O Rock acabou em 59. O que vem depois é twist, pop, qualquer coisa... Mas não é Rock." (Raul Seixas)
"A imprensa musical é composta por pessoas que não sabem escrever entrevistando pessoas que não sabem falar para pessoas que não sabem ler." (Frank Zappa)

O Zappa arregaçou a ferida e definiu o circo. Só isso...

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

New Year's Day

Yeah...

All is quiet on New Year's Day
A world in white gets underway
I want to be with you, be with you night and day
Nothing changes on New Year's Day
On New Year's Day

I... will be with you again
I... will be with you again

Under a blood-red sky
A crowd has gathered in black and white
Arms entwined, the chosen few
The newspaper says, says
Say it's true, it's true...
And we can break through
Though torn in two
We can be one

I... I will begin again
I... I will begin again

Oh, oh. Oh, oh. Oh, oh
Oh, maybe the time is right
Oh, maybe tonight
I will be with you again
I will be with you again

And so we are told this is the golden age
And gold is the reason for the wars we wage
Though I want to be with you
Be with you night and day
Nothing changes
On New Year's Day
On New Year's Day
On New Year's Day

U2