quinta-feira, 30 de julho de 2009

A revolução televisionada



Estados Unidos, primeiro de agosto de 1981. A MTV entra no ar e o mundo do show business muda radicalmente. Daquele dia em diante, vários artistas se tornaram populares graças àquele canal de televisão. Duran Duran, Culture Club, Men At Work, Prince, Def Leppard, The Cars, Billy Idol, Eurythmics, entre outros, souberam explorar a nova forma de comunicação visual (termo exato) e fizeram a alegria dos adolescentes americanos.
Com o passar dos anos, a MTV se espalhou pelo planeta e durante boa parte de sua história o canal serviu como referência musical (no bom ou no mau sentido) para muitas pessoas e ainda hoje é fonte de informação para as novas gerações, embora não seja mais dedicado somente à música.

I want my MTV!

Essa "revolução" toda começou com o vídeo clip que está neste post. Foi o primeiro a ser exibido na emissora, e a música escolhida tinha um título extremamente apropriado para aquele momento.

"Video Killed The Radio Star" - The Buggles

domingo, 26 de julho de 2009

Alguns fatos curiosos

· Elvis Presley teve um total de 60 compactos entre as dez mais.
· Os Beatles possuem a maior quantidade de "números uns" de um só artista, 17.
· Em 8 de maio de 1965 a parada americana dos dez singles mais vendidos nos EUA contava com nada menos do que 9 grupos ingleses. Foi a chamada "invasão inglesa".
· Segundo alguns críticos, o pior disco de rock já feito foi "Philosophy Of The World", lançado em 69 pela banda The Shaggs.
· Antes de integrar o Queen, Freddie Mercury foi campeão mundial universitário de ping-pong.
· Em 74, depois de se chapar com uma mistura de vodca e tranqüilizantes para cavalo, Keith Moon (baterista do The Who) literalmente desabou em cima dos tambores em um show nos EUA. Para não interromper o espetáculo, Pete Towshend (guitarrista) perguntou se havia algum baterista na platéia. Scott Halpin foi o felizardo que tocou 3 músicas com o Who.
· A banda punk The Clash teve um total de 17 hits, porém nenhum deles atingiu o top 10.
· Um compacto lançado em 78 pelo The Cure, com o pseudônimo de The Cult Hero, é o item mais raro para os fãs dessa banda.
· Antes da fama, Axl rose chegou a ser expulso do Guns N'Roses. Fato que durou três dias.
· Em 95, o Def Leppard tocou em três países diferentes num prazo de 24 horas.

Errr... Era o que nós tínhamos para hoje.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Reembalado em sacos plásticos

Hum... Então os Titãs querem ficar "moderninhos" de novo. Agora a banda está na onda do emo rock, com produção de Rick Bonadio e tudo. Antes, no início dos 90, eles queriam ser uma banda grunge, fato que gerou até uma resenha profética do então crítico da Bizz André Barcinski. Confira:

Titanomaquia

Data: algum dia perdido em 92.
Local: casa de um dos Titãs.
Os sete roqueiros se reúnem para traçar as metas de seu novo álbum.
Paulo: "Bom, galera. E aí? Nosso último disco foi massacrado."
Toni: "É mesmo. Temos que pensar em algo diferente... Vamos começar pelo nome. Alguém tem uma sugestão?"
Nando: "Que tal 'Pa-Ra-Le-Le-Pí-Pe-Do'?"
Marcelo: "Não, nada de poesia concreta. O Arnaldo saiu, se liga!"
Charles: "Que tal um disco grunge? Está bem na moda..."
Sérgio: "Será dá certo?"
Charles: "Porra, até o Capital Inicial está fazendo cover do Pearl Jam!"
Branco: "É mesmo! O Dinho rasgou todas as suas calças e tatuou 'Eu Sou Roqueiro' na cabeça."
Charles: "A gente poderia chamar aquele cara do Nirvana para produzir, o Butch Vig..."
(segue-se um longo intervalo, durante o qual Charles liga para a gravadora).
Charles: "'Rapeize', o Butch não dá, mas eles me garantem um tal de 'Jack Albino'."
Paulo: "'Albino'? Legal, talvez ele até curta o Hermento Pascoal."
Nando: "Mas eu não entendo nada de grunge. Só ouço Tom Zé e Marisa Monte!"
Branco: "Não tem mistério. O negócio é o seguinte: a gente mete umas guitarrinhas distorcidas, fala uns palavrões no meio das músicas e põe no press release que o nosso negócio agora é pauleira!"
Marcelo: "Será que vai colar?"
Sérgio: "É lógico. Brasileiro é tudo bundão! A molecada toda só está andando com esse visual grunge, eu vi no Programa Livre."
Toni: "A gente pode fazer umas fotos com visual punk!"
Marcelo: "Oba, vou estrear a minha camiseta do Tad."
Nando: "Você também fez este curso de datilografia?"
Branco: "Só tem um problema: e se esta onda grunge acabar? E se o samba entrar na moda?
Charles: "Bom, acho que talvez o Agepê toparia produzir nosso próximo disco."

André Barcinski


No ritmo do samba os Titãs não entraram (e o Agepê já morreu), mas Fresno, NX Zero e Strike que se cuidem. :)

domingo, 19 de julho de 2009

E lá vamos nós...

Já ouvi várias pessoas falando que a música dos anos 80 era "horrível" e que a produção sonora melhorou muito nos anos 90, inclusive o indie rock.

Não, peraí! Que papo esquisito. Muitas bandas alternativas, e das boas, fizeram parte dos anos 80 (Pixies, R.E.M., Sonic Youth, Primal Scream, Meat Puppets, etc) e depois se tornaram conhecidas. Por sua vez, as bandas emocore (a atual faceta do indie rock, apesar de ser mainstream) sofreram influência dos medíocres grupos de harcore/neopunk dos 90. E por aí vai... Cada década tem os seus altos e baixos. O óbvio ululante é que os 80 foram mais pop que os 90, só isso (e nesse caldeirão pop entra de tudo: de Duran Duran a U2). Quem escutava rádio antes de 91/92 sabe que bandas como Nirvana, Red Hot Chili Peppers e Metallica não tocavam nas FMs top 40, e quando passaram a tocar, foi uma quebra de barreira. O pop rock padrão foi deixado de lado em favor de um som mais pesado, não tão rebuscado e com menos melodias. O pop era não ser pop. O "pop era ser alternativo". Claro que para quem cresceu durante a década de 90 fica difícil entender os 80 por esses motivos. "O colorido descontraído da new wave não poderia ser melhor do que o cinza íntegro do grunge", por exemplo. Mas o fueda é que não existiu só new wave nos 80 e só grunge nos 90. Essa clássica polarização, que vira e volta aparece, é que prejudica a percepção dos fatos. E no resumo da ópera; é apenas rock and roll dos anos 50, 60, 70, 80, 90, 2000... mas eu gosto.

P.S. Há certo tempo, escrevi algo parecido sobre o rock nacional.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Freud explica

É legal ser "blogueiro". Ter um espaço só seu. Você é o "chefe" do seu mundo, sem maiores cobranças. Num instante, fica pensando se determinado assunto pode render um post, e se alguém vai ler. No outro, rascunha as bobagens, refaz e depois edita. Usa pequenos "truques" para chamar a atenção. Percebe que é tudo clichê e publica mesmo assim. Não liga para comentários, porém, quando aparecem, espera algo devastador, ou empático. Mais tarde, lembra de escrever na bagaça, procura inspiração e tenta fazer o próximo texto, até esgotar a paciência. É quase um diário (não diário) de paranóias narcisistas...

(som de grilos ao fundo)

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Dia Mundial do Rock

Algumas sugestões...

AC/DC - Back In Black
Aerosmith - Rocks
Barão Vermelho - Maior Abandonado
Beach Boys - Pet Sounds
Beatles - Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band
Black Crowes - Southern Harmony & Musical Companion
Bob Dylan - Blonde On Blonde
Bruce Springsteen - Born To Run
Byrds - Younger Than Yesterday
Camisa de Vênus - Correndo O Risco
Chuck Berry - Chuck Berry Greatest Hits
Chico Science & Nação Zumbi - Da Lama Ao Caos
Clash - London Calling
Coldplay - A Rush Of Blood To The Head
Creedence Clearwater Revival - Willie And The Poor Boys
Cure - Standing On The Beach (The Singles)
David Bowie - The Fall And Rise Of Ziggy Stardust...
Dire Straits - Money For Nothing
Doors - The Doors
Dr. Feelgood - Malpractice
Elvis Presley - Elvis Presley
Frank Zappa - Overnight Sensation
Franz Ferdinand - Franz Ferdinand
Gene Vicent - Gene Vincent And The Blue Caps
Iggy Pop - Lust For Life
Ira! - Vivendo E Não Aprendendo
Jerry Lee Lewis - Whole Lotta Shakin' Going On
Jimi Hendrix - Are You Experienced?
John Cougar Mellencamp - The Lonesome Jubilee
Led Zeppelin - Physical Graffiti
Legião Urbana - Dois
Little Richards - Here's Little Richards
Lobão - Vida Bandida
Lou Reed - Transformer
Mundo Livre S/A - Samba Esquema Noise
Neil Young - Rust Never Sleeps
New York Dolls - Too Much Too Soon
Nirvana - Nevermind
Patti Smith - Horses
Pearl Jam - Ten
Pink Floyd - The Dark Side Of The Moon
Pixies - Doolittle
Planet Hemp - Usuário
Queen - A Night At The Opera
R.E.M. - Murmur
Radiohead - The Bends
Ramones - Rocket To Russia
Raul Seixas - Krig-Ha, Bandolo!
Red Hot Chili Peppers - Blood Sugar Sex Magik
Rita Lee - Fruto Proibido
Rod Stewart - Every Picture Tells A History
Rolling Stones - Exile On Main Street
Roxy Music - Roxy Music
Secos & Molhados - Secos & Molhados
Sex Pistols - Never Mind The Bollocks, Here's The Sex Pistols
Smashing Pumpkins - Siamese Dream
Smiths - The Queen Is Dead
Strokes - Is This It
T.Rex - The Slider
Talking Heads - Talking Heads' 77
Television - Marquee Moon
Titãs - Cabeça Dinossauro
Tom Petty And The Heartbreakers - Damn The Torpedoes
Ultraje A Rigor - Nós Vamos Invadir Sua Praia
U2 - The Joshua Tree
Van Halen - 1984
Van Morrison - Astral Weeks
Velvet Underground - The Velvet Underground And Nico
Who - The Who Sell Out
ZZ Top - Tres Hombres

Rock on!

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Visual MTV

Quando a MTV iniciou suas transmissões nos Estado Unidos, em agosto de 81, existiam poucas bandas americanas que produziam clips. A solução, então, adotada para preencher os seus horários foi importar clips feitos na Inglaterra, onde o formato era mais difundido. O auge do estilo new romantic (inglês por excelência) se deu mais ou menos nessa época.
A corrente new romantic, que também admitia o título de futurista, era sobretudo uma vitória do visual sobre a essência.
Iniciada em 78, e tendo David Bowie como ídolo máximo, o movimento usava como base a escola cold-wave (notoriamente, Gary Numan) e o tecnopop. A sua sonoridade era de fácil assimilação e fez muito sucesso. Era a música que o "sistema" queria. Dessa forma, o Visage e o Classix Nouveaux desfilavam o seu glamor sobre uma musicalidade artificialmente pop. O Duran Duran instalava o seu teenage pop, que pretendia ser uma mistura de Sex Pistols e Chic (ficou só na intenção, mas colheu muita popularidade). O Culture Club (banda do andrógino Boy George) realizava uma mistura de funk, soul, rock, pop e sons caribenhos (conseguindo também uma enorme popularidade). Adam & The Ants rebuscava a fantasia com porções de punk nas suas composições. E o Spandau Ballet carregava grande dose de elegância no seu formato.
Outros grupos como o Japan e o Bow Wow Wow não tinham nada a ver com o gênero, mas foram colocados no mesmo barco. O primeiro fazia um genial pop-experimental e o segundo, um dançante neo-bubblegum.

Discografia Básica

Adam & The Ants - Kings Of The Wild Frontier
Culture Club - Color By Numbers
Duran Duran - Rio
Japan - Quiet Life
Spandau Ballet - True

domingo, 5 de julho de 2009

Descobrindo a pólvora

Ser "roqueiro" não significa necessariamente gostar de tudo que tem a ver com o assunto. Eu, por exemplo, não tenho a menor paciência com heavy metal, apesar de gostar de Led Zeppelin, AC/DC e Van Halen. O mesmo vale, em menor escala, para o punk rock, que teve a sua importância, porém a real necessidade do gênero foi legitimada pelo pós-punk, muito mais significativo, e pela "surra" no rock progressivo bundão vigente na época (ao contrário do grunge, que era contra nada, interessante no começo, e que resultou, em última análise, no popcore e na lástima emo). Mas não é tudo a mesma "joça"? Não é tudo rock?
Sim. No entanto, existe algo chamado preferência musical, que invariavelmente está atrelada ao que você escuta quando é adolescente, período em que a influência externa está mais forte e presente. Nessa etapa da vida, vale a pena escutar de tudo. É uma época de descoberta, de virar roqueiro, ou pagodeiro, ou funkeiro... ou coisa alguma. Essa fase de experimentos dura, geralmente, até o começo da vida adulta formal, lá pelos vinte e poucos. A partir dali, as mudanças são mais difíceis porque entram em cena outras preocupações, outras necessidades. Consequentemente, quase tudo do que você for gostar vai estar relacionado ao seu período teen. Isso explica em parte a origem da preferência musical.
O outro lado da mesma moeda tem a ver com a empatia, com a identificação junto ao artista. É um caso particular. Dessa maneira, algum fator pode chamar sua atenção (as letras, o estilo, a atitude, etc) e você passa a separar o que é bom do que é ruim, atribuindo graus de interesse. É nesse contexto que a expressão fã aparece na sua forma mais concreta.
Portanto, o primeiro parágrafo deste texto se resume a uma forma de "seleção natural da espécie", não entre fracos e fortes, claro. Mas é uma questão de perseverança e subjetividade, ou seja, "a predileção se faz castigando os ouvidos e privilegiando a alma" (garanto que foi a mesma coisa para você). ;)

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Retrô Pop-Rock



Pra quê complicar? Música pop tem que ser assim: "sonzeira" qualquer nota, banda sem jeito de banda e vídeo clip com pretensão zero.

E a música é do segundo disco do trio de Leeds, lançado no ano passado.

"The Good Old Days" - The Lodger