domingo, 31 de janeiro de 2010

Girl power


Tinha que ser no Japão... :)

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Rock na tela

Quatro para ver e um para escutar:

"It Might Get Loud" (2009) - Bom filme, apresentando três guitarristas de gerações diferentes (Jimmy Page, The Edge e Jack White), tendo como ponto principal um encontro onde o trio conversa sobre o instrumento, revela técnicas, e toca algumas músicas, enquanto suas carreiras individuais são esmiuçadas com imagens raras.

"Control" (2007) - Todo feito em preto e branco, a biografia em vídeo expõe magistralmente a personalidade ("cinzenta") de Ian Curtis (vocalista do Joy Division). Epiléptico e descontente com os rumos que sua vida pessoal e profissional seguiram, ele toma uma decisão trágica, transformando a sua figura angustiada e fria em um ícone da geração pós-punk.

"24 Hour Party People" (2002) - Com uma edição ágil, "24 Hour Party People" retrata de forma criativa a cena musical da cidade de Manchester (do final dos 70 até o final dos 90), usando como personagem central o finado repórter da TV Granada Tony Wilson (interpretado pelo comediante Steve Coogan), fundador da gravadora Factory (por onde passaram Joy Division, New Order, Happy Mondays, entre outros) e do clube noturno Hacienda (ponto de encontro e principal veículo para a divulgação da cultura rave).

"This Is Spinal Tap" (1983) - Uma caricatura bem realizada sobre o dia-a-dia de uma banda de heavy metal. Apesar de ser apresentada como um "rockumentário" real, o que enganou, inclusive, várias pessoas desinformadas na época, a produção está repleta de atores conhecidos (ok, nem tanto assim quando o filme foi lançado) e de situações cômicas disfarçadas de acontecimentos "sérios".

"Velvet Goldmine" (1998) - Trata-se de uma ficção calcada em cima do glam rock britânico com várias referências a pessoas e a acontecimentos reais, e com certa influência de "Cidadão Kane" no roteiro. Mas acaba se tornando uma vergonha alheia devido ao excesso no quesito "porra-louquice afetada". Vale pela trilha sonora, e só.

domingo, 24 de janeiro de 2010

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

domingo, 17 de janeiro de 2010

I Know It's Only Rock And Roll...

O questionamento:

Craig Finn, vocalista da Hold Steady, certa vez escreveu na Uncut que a maioria das bandas não assistia a outros shows nos festivais onde tocavam: "Porra, com tanta música boa rolando e o cara se fecha ou vai embora?!".

A resposta:

"Mas fãs desse tipo são cada vez mais raros, certo? Não existe mais Fã de rock (com f maiúsculo), existe entretenimento (mesmo dentro de bandas) e com tanta informação pulverizada fica até difícil imaginar, por exemplo, o surgimento de algum movimento cultural do gênero devido a falta de interesse em algo específico (ou mesmo por falta de ideologia, talvez). O rock não morreu, acabou. E não me venha falar de movimento emo, que parece mais um rótulo do que uma manifestação artística (ainda mais que não há nenhuma banda representativa, já que todas renegam o termo). Enquanto o objetivo do rock atual é assumir um perfil alternativo (a que?), completamente isolado, acomodado na sua falta de criatividade, o pessoal do Rap/R&B deita e rola com "trabalhos em parcerias", em um sábio corporativismo pop que vai renovando artistas e atraindo mais público. Eu sou Fã de rock porque vi o Rock In Rio I e o Live Aid. Eu sou Fã de rock porque, para o bem, ou para o mal, presenciei o surgimento do tal BRock. Eu sou Fã de rock porque sou leitor de primeira hora da BIZZ (e quem estava na capa número 1?, sem mencionar a capa número 0). Eu sou fã de rock porque escutei Nirvana primeiro do que todos os meus colegas de faculdade. Eu sou Fã de rock porque o rock era pop, ora bolas! Enfim... Pois é, sou Fã de rock; aquele de carteirinha, apaixonado, chato, reacionário, arrogante, bitolado, cabotino, peido véio... o que você quiser. Foda-se!"

O texto entre aspas (logo acima) foi retirado de um tópico do Orkut e feito em uma época na qual eu acreditava radicalmente no que escrevia, e não faz muito, 06/2008. A mea culpa está justificada.

(Nota do blog: Bruce Springsteen estava na capa número 1 da Bizz, e Mick Jagger na número 0)

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Mea culpa

Fico imaginando aquela molecada que não tem muito discernimento musical e que gosta de emo, por exemplo, descobrindo, daqui a alguns anos, que a crítica odiava seus ídolos. Pensando bem, sempre existiu essa resistência ao novo (aconteceu com Elvis, Beatles, punks, etc), e, devido a essa veracidade reconhecida, até acho que é cuspir no próprio prato quem critica o que é mainstream ("desmerecido") no pop rock sem dar tempo ao tempo (me incluo nisso). Vai que desse chororô todo saia uma grande banda. Vai que os meninos cresçam e lancem um baita disco. Vai que o blá, blá, blá emotivo sirva como inspiração para um outro, e melhor, movimento cultural. É por essas e por outras que parei de criticar quem gosta de emocore. Realmente, não é a minha praia, não gosto, acho de uma bunda-molice a toda prova, e tento agir com indiferença, mesmo quando a cena está super saturada e aparece um "novo grupo" exatamente igual ao anterior. Mas entendo a molecada, e espero uma evolução, mesmo porque no início dos 80, quando a minha geração era "a molecada", eu também gostava de várias bandas que ainda hoje são motivos de risos alheios (Culture Club, Men At Work, Spandau Ballet, etc) e de outras que eram detonadas naquela época (Duran Duran, Eurythmics, Tears For Fears, etc) e que agora são tratadas com veneração e reverência. Depois, segui em frente, mergulhei fundo no rock/pop rock (graças à Bizz), e não fiquei preso a tecnopops e nem a new romantics (embora eles ainda façam parte, claro, da minha memória afetiva).
Nada melhor, então, do que o passar dos tempos para aguçar a percepção dos fatos, avaliar os acontecimentos, e saber separar os emos das emas. :)

domingo, 10 de janeiro de 2010

Tempos Modernos

Eu vejo a vida
Melhor no futuro
Eu vejo isso
Por cima de um muro
De hipocrisia
Que insiste
Em nos rodear

Eu vejo a vida
Mais clara e farta
Repleta de toda
Satisfação
Que se tem direito
Do firmamento ao chão

Eu quero crer
No amor numa boa
Que isso valha
Pra qualquer pessoa
Que realizar a força
Que tem uma paixão

Eu vejo um novo
Começo de era
De gente fina
Elegante e sincera
Com habilidade
Pra dizer mais sim
Do que não, não, não...

Hoje o tempo voa amor
Escorre pelas mãos
Mesmo sem se sentir
E não há tempo
Que volte amor
Vamos viver tudo
Que há pra viver
Vamos nos permitir

Eu quero crer
No amor numa boa
Que isso valha
Pra qualquer pessoa
Que realizar a força
Que tem uma paixão

Eu vejo um novo
Começo de era
De gente fina
Elegante e sincera
Com habilidade
Pra dizer mais sim
Do que não, não, não...

Hoje o tempo voa amor
Escorre pelas mãos
Mesmo sem se sentir
E não há tempo
Que volte amor
Vamos viver tudo
Que há prá viver
Vamos nos permitir

Lulu Santos

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Agenda de shows

Shows programados para este início de ano:

* Eagle-Eye Cherry 21/01, São Paulo
* The Cranberries 28/01, Rio de Janeiro
* Metallica 28/01, Porto Alegre
* Metallica 30/01, São Paulo
* The Cranberries 30/01, São Paulo
* The Cranberries 31/01, Belo Horizonte
* The Cranberries 03/02, Porto Alegre
* Iced Earth 06/02, São Paulo
* Coldplay 28/02, Rio de Janeiro
* Coldplay 02/03, São Paulo
* Guns N' Roses 07/03, Brasília
* Guns N' Roses 10/03, Belo Horizonte
* Guns N' Roses 13/03, São Paulo
* Guns N' Roses 14/03, Rio de Janeiro
* Guns N' Roses 16/03, Porto Alegre
* Franz Ferdinand 18/03, Porto Alegre
* Franz Ferdinand 19/03, Rio de Janeiro
* Franz Ferdinand 21/03, Brasília
* Franz Ferdinand 23/03, São Paulo

É... E tem Beyoncé em Florianópolis no dia 4 de fevereiro.

A Ilha é pura badalação pop, não tem jeito.

domingo, 3 de janeiro de 2010

Avatar

Fui ver "Avatar" na sexta-feira passada e achei a "película" bem mais ou menos. Vale, claro, pelas belas imagens em computação gráfica (CGI), coisa e tal, o que torna imperativo a necessidade de uma "olhada" em 3D, mas como filme em si é um amontoado de clichês de (não) dar gosto. Quando vi o trailer, já tinha sacado que era um blockbuster destinado a uma vitória da embalagem sobre o conteúdo. Depois vieram tantas críticas positivas, um bafafá tamanho, um alarde prenunciando a salvação da cultura pop, que fui obrigado a encarar alguns dias de super lotação e de espera para também dar uma conferida neste fenômeno.
Uma das justificativas que a produção de James Cameron tinha para receber tantos elogios, além dos inusitados efeitos visuais, era que "Avatar" tratava de assuntos ambientais e dava uma cutucada nos malfeitores do progresso ("o povo do céu"). Não vejo mérito nenhum nisso. Ao invés de envernizar uma crítica relacionada aos governos, ou às empresas que exploram indiscriminadamente o planeta, por que não realizar um filme maduro (menos "fantasioso") e ir direto ao assunto, dando nome aos bois? Bem, talvez essa carapuça não sirva ao cineasta, e nem percebi tanto engajamento assim durante a exibição. Outro ponto destacado pelos jornalistas especializados era a inevitável comparação entre "Avatar" e o clássico "Guerra nas Estrelas" (ou até "Matrix"). Concordo, e obviamente essa analogia tem a ver com a inovação tecnológica/visual que a obra possui, porque, na realidade, a história é basicamente "Dança com Lobos/Pocahontas" na veia, com um roteiro menos inspirado. Agora, cá entre nós, o elenco também não ajuda na trama, os únicos destaques vão para Sigourney Weaver (que já havia trabalhado com Cameron em "Aliens - O Resgate"), competente no papel de Dra. Augustine, e para o canastrão Stephen Lang, o Coronel (vilão) Quaritch.
Por fim, porque muito já se falou/escreveu sobre o filme, e não quero me estender, um detalhe importante: com duas horas e quarenta minutos de duração, a produção cinematográfica cansa na "encheção de lingüiça" e o que eu mais escutei entre as pessoas após o término da sessão lotada foi o revelador "você estava dormindo?". Confesso que também dei uma cochilada básica, e só fui acordar depois de ouvir um esporro sonoro qualquer vindo da tela. :)

Portanto, caro(a) amigo(a), no fundo, no fundo, o que "Avatar" pode provocar de positivo daqui para frente é, logicamente, uma verdadeira enxurrada de novos filmes baseados, ou melhores vistos, em 3D (já que deve ganhar o Oscar na categoria de efeitos especiais). Ok, tomara que essa revolução visual aconteça, desde que não fique só nas imagens maravilhosas e em histórias insossas e manjadas. Os cinéfilos agradecem.