quarta-feira, 29 de abril de 2009

Yeah!

"Pop is about fuck me. Rock is about fuck you."
(Chrissie Hynde, vocalista do The Pretenders)

Então, seguindo a lógica (e dando uma entortada), pop rock é: eu me fuck, mas fuck você.

É isso aí! Definiu!

domingo, 26 de abril de 2009

A trilha sonora de Allan Poe

A grande influência do movimento gótico foi a coleção de contos fantásticos escrita pelo americano Edgar Allan Poe, mentor da intitulada literatura gótica. Eram histórias de terror, recheadas de paranóias e insanidades.
O princípio sonoro, descoberto pela primeira formação de Siouxsie & The Banshees (apesar destes pertencerem ao movimento punk), era simples: guitarras distorcidas, baterias tribais, harmonias dissonantes e repetições.
Essa base tornou-se a ideal para os góticos expressarem seus horrores e fascinações mórbidas. Tudo era usado em nome do mau gosto, do barulho e como método anti-melodia.
De todas as bandas que apareceram durante esse período, a de maior destaque foi o Bauhaus. Utilizando-se de grande dose de teatralidade (influência de David Bowie) e com melodias simples, mas estimulantes, eles foram responsáveis pelo grande alcance que o estilo teve durante a primeira metade dos anos 80.
Os momentos mais radicais apareceram logo depois, com as bandas: Alien Sex Fiend, Meat Of Youth, Specimen, Sex Gang Children, Flesh For Lulu e, mais tarde, Ausgang, Bomb Party, Inca Babies. Esses foram os grupos que consolidaram o gênero.
Vale também citar o venerado Sister Of Mercy e a sua dissidência, The Mission.

Discografia Básica

Alien Sex Fiend - Drive My Rocket
Bauhaus - Crackle (Best Of Bauhaus)
Sex Gang Children - Blind
Sister Of Mercy - First And Last And Always
The Mission - Gods Own Medicine

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Vamo pula! Vamo pula! Vamo pula! Vamo pula!

Serviço de utilidade pública - Shows do Oasis no Sul do país:

Curitiba - 10 de maio, na Pedreira Paulo Leminski
Pula
Porto Alegre - 12 de maio, no Gigantinho

E aí, meu nobre morador da Ilha, ou você sobe para o Paraná, ou você desce para o Rio Grande do Sul, porque se for esperar para ver um show de bandas como essa por aqui...

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Ao mestre (e o acaso)

Na semana passada, fiquei sabendo que um professor meu, da época da engenharia, havia falecido. Um boa praça, tranqüilo, bem humorado, um roqueiro convicto. Lembro que nós ficávamos mais tempo conversando sobre música do que sobre a matéria que ele lecionava. Inclusive, foi esse professor que me apresentou o Big Star, e justamente na semana em que faço um post sobre a banda, tenho conhecimento de sua morte (ocorrida no final de março).

Nada é por acaso? Nesse caso foi, totalmente.

R.I.P. Professor Maurice

sexta-feira, 17 de abril de 2009

A liga dos caranguejos humanos

Esqueça o "falso" pioneirismo de Chico Science e de toda aquela galera de Recife. Quem lançou o primeiro disco de Mangue Beat, em 1984, foi o grupo inglês Human League ;p

Mangue Hysteria rules!

terça-feira, 14 de abril de 2009

O Estrelão injustiçado

Não é um título de filme de faroeste (embora pareça), mas o termo poderia ser utilizado como alcunha para descrever uma das principais influências a atingir o rock alternativo americano durante a década de 80. Vamos lá.

Alex Chilton (vocais, guitarra) era integrante do Box Tops, grupo que alcançou certo sucesso nos anos 60. Após abandonar a banda, resolveu seguir uma carreira errática de folksinger em Nova York. Quando voltou para Memphis, sua cidade natal, reencontrou o seu velho amigo de escola, Chris Bell (vocais, guitarra), que já possuía um grupo chamado Ice Walter, junto com Andy Hummel (baixo) e Jody Stephens (bateria). Com a entrada de Chilton, mudaram o nome para Big Star. Em abril de 72, após assinarem com a Stax, lançam o álbum "#1 Record", um power pop com claras influências de Beatles e de Byrds. Porém, o disco vende pouco e as brigas entre Bell e Chilton não paravam, o que causou a saída de Bell. Reduzido a um trio, lançam em 74 o ótimo "Radio City", um disco mais rock e que foi mal distribuído pela Stax. Em seguida, é a vez de Hummel sair do grupo. Pouco tempo depois, Chilton e Stephens gravam, junto com músicos convidados, o disco "Third/Sister Lovers", mais sombrio que os outros, e encerram as atividades. Chris Bell morreu em 79, devido a um acidente de carro. Em 93, Alex Chilton e Jody Stephens se juntaram à Jonathan Auer e Ken Stringfellow (membros do The Posies) para um show do Big Star na Universidade do Missouri, fato que ficou registrado no disco "Columbia: Live at Missouri University". Com essa formação também gravaram "In Space", de 2005.

O principal problema do Big Star foi ter surgido antes de sua época, e para piorar a situação a gravadora Stax não estava muito a fim de investir no grupo, transformando o "Estrelão" em uma espécie de banda "indie" dos anos 70. E bandas indies só obtiveram alguma atenção a partir da década seguinte (mesmo por gravadoras minúsculas). Grupos oitentistas como The Replacements, Let's Active, DB's, R.E.M., entre outros, foram influenciados pelo BS, resultando em um reconhecimento tardio para o pessoal de Memphis.

Justiça seja feita.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Astral Weeks

If I ventured in the slipstream
Between the viaducts of your dream
Where mobile steel rims crack
And the ditch in the back roads stop

Could you find me?
Would you kiss-a my eyes?
To lay me down in silence easy
To be born again, to be born again

From the far side of the ocean
If I put the wheels in motion
And I stand with my arms behind me
And I'm pushin' on the door

Could you find me?
Would you kiss-a my eyes?
To lay me down in silence easy
To be born again, to be born again

There you go standin' with the look of avarice
Talkin' to Huddie Ledbetter
Showin' pictures on the wall
Whisperin' in the hall
And pointin' a finger at me

There you go, there you go
Standin' in the sun darlin'
With your arms behind you
And your eyes before
There you go

Takin' care of your boy
Seein' that he's got clean clothes
Puttin' on his little red shoes
I see you know he's got clean clothes

A puttin' on his little red shoes
A pointin' a finger at me
Standing in your sad arrest
Trying to do my very best

Lookin' straight at you
Comin' through, darlin'
Yeah, yeah, yeah, yeah
Yeah, yeah, yeah

If I ventured in the slipstream
Between the viaducts of your dreams
Where mobile steel rims crack
And the ditch in the back roads stop

Could you find me?
Would you kiss-a my eyes?
To lay me down in silence easy
To be born again, to be born again
To be born again, to be born again

In another world, darlin'
In another world
In another time
Got a home on high

Ain't nothing but a stranger in this world
I'm nothing but a stranger in this world
I got a home on high in another land
So far away, so far away

Way up in the heaven, way up in the heaven
Way up in the heaven, way up in heaven, oh
In another time, in another place
In another time, in another place

Way up in the heaven
In another time, in another place
In another time, in another place
In another face

Van Morrison

terça-feira, 7 de abril de 2009

Quando o BRock virou piada (rasa)

Na minha cabeça bitolada de roqueiro radical (hein? hein?), os Mamonas Assassinas sempre foram uma brincadeira que se tornou séria demais. Eles tinham as referências corretas (Clash, Rush, Cure, R.E.M., Legião Urbana, Titãs, coisa e tal), mas resolveram ficar engraçados sem possuir a "pegada" de um Ultraje a Rigor ou de um Red Hot Chili Peppers, para ficar na mesma "zona da alegria". Ou seja, fizeram do rock uma comédia pastelão requentada e conseguiram atingir a todos (gurizada, adolescentes, adultos, velhos; classes A, B, C, etc) de tal forma que era praticamente impossível não notar a irreverência da trupe (interrompida de forma brusca com aquele desfecho inesperado).
Err... Sei lá. Trocando em miúdos, para não alongar o post: eu tinha uma verdadeira aversão às "trapalhonices" rock and roll dos Mamonas Assassinas, só não precisavam morrer.

Em tempo: toda vez que o nome do agora produtor Rafael Ramos ("descobridor" dos Mamonas Assassinas) vem a tona, eu lembro do final ridículo da música "Sábado de Sol", quando a figura, então baterista do Baba Cósmica, ficava gritando "la tequila" (ou alguma merda assim) e urrando feito um paspalho. No clip, então, chegava a dar medo.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Retrô Pós-Punk



The Cure + The B-52's + Pulp = Black Kids

E o título da música é a melhor "cutucada" faça você mesmo surgida nos últimos tempos.

"I'm Not Gonna Teach Your Boyfriend How to Dance With You" - Black Kids