quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Album Cover Galore!!



Fazendo "arte" com capas de disco.

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Caminhos diversos e inovadores

Um ano após ter surgido, o punk rock já era considerado um estilo morto. O que tinha restado, então, foi apenas a idéia de que ninguém precisaria das tradicionais aulas de música para tocar algum instrumento. Despertado pelas mais variadas razões, qualquer um poderia ser músico e aumentar os limites dos territórios explorados. Com este novo pensamento, dezenas de bandas percorrem caminhos diversos e inovadores, numa continuidade do punk chamada de... pós-punk.
Entre as bandas que começaram no punk, poucas foram capazes de perceber este caminho de transformações. Foi o caso dos Stranglers, do Wire (mestres na experimentação), de Siouxsie & The Banshees, do Jam (flertaram com a soul music) e o do Clash (que enveredou pelo reggae e funk).
Após 78, vários grupos iriam se tornar influentes justamente por serem criativos em suas novas propostas musicais, e alguns atingiriam grande popularidade. Podemos citar: Au Pairs, Birthday Party (ex-banda de Nick Cave), Cure, Dexy's Midnight Runners (pioneiros na mistura do pós-punk com soul music e folk irlandês), Echo & The Bunnymen, Gang Of Four, Killing Joke, Magazine, Joy Division (banda que deu origem ao New Order e que tinha nos seus vocais o suicida Ian Curtis), Police, Pretenders, Public Image Ltd. (de John Lydon, ex-Sex Pistols), Psychedelic Furs, Simple Minds, U2 e XTC.
Todas estas bandas apontaram para rumos férteis, mas a partir de 80/81 elas começaram a se repetir ou a serem imitadas. O espírito aventureiro e estimulador não mais predominava e o que se viu em seguida foi uma acomodação alienada e pequenos espasmos criativos. Era o fim do pós-punk e o começo de alguns gêneros que foram muito importantes para a configuração do 80's pop rock (e, também, para as décadas seguintes): o tecnopop, o new romantic, o two tone, o new pop, o gótico e o industrial.

Discografia Básica

Dexy's Midnight Runners - Searching For The Young Souls Rebels
Echo & The Bunnymen - Songs To Learn & Sing
Gang Of Four - Entertainment
Joy Division - Closer
Magazine - Real Life
Public Image Ltda - Second Edition
U2 - Boy

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

E agora?

O grupo alemão Trio fez enorme sucesso no início da década de 80 com a débil e divertida "Da Da Da". Agora, veja o que o site oficial da banda diz sobre a música:

The single was a world-wide success, too. It was released in 30 countries. It reached number 7 in the UK-single-charts. In Europe alone 3 million copies were sold. For the non-German-speaking countries an English version was recorded (“Da Da Da I Don’t Love You You Don’t Love Me Aha Aha Aha”). Trio became really big in Brazil and Canada. One of the reasons might have been, that “Da Da Da” meant “Fuck me, fuck me, fuck me” in Brazil...

Da = Fuck me?! Depende do ponto de vista...

domingo, 28 de dezembro de 2008

Direto de New York



Esqueça o nome da música (tem nada a ver). O Vampire Weekend lançou seu primeiro disco este ano. A mistura de indie rock, pop e ritmos africanos ficou bem interessante.

"A-Punk" - Vampire Weekend

sábado, 27 de dezembro de 2008

Beware!

"Little Girl Blue", interpretada pela Janis Joplin, é a música mais "filha-da-putadamente" triste que eu já escutei, e também uma das mais belas. Se você não quer ficar deprê, olhando para o nada, pensando em coisa alguma (ou em várias), fique longe. Tô avisando!

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Filhos de Chico

Nunca tive interesse em ver "2 Filhos de Francisco", porém dia desses resolvi ficar sentado na frente da TV para dar uma olhada no filme. O começo é ótimo. Toda aquela ambientação de época bem feita. Bons atores (inclusive os mirins). O início da carreira da primeira dupla muito bem contado... Mas aí, do nada, há um pulo no tempo e a história, que vinha num ritmo agradável, começou a acelerar, deixando a entender que; ou o roteiro foi encurtado e, possivelmente, mal elaborado, ou a equipe de edição estava mais interessada em fazer cortes para não tornar o filme tão extenso. E o final... O final é aquela mistura de filmografia com imagens reais feita de forma piegas e sem pé nem cabeça. Ao meu ver, não precisava nada daquilo...
Passou longe de ser um filme candidato a Oscar (mesmo com o começo promissor).
Não adianta. Salvo exceções, os "favelas movies" ainda são o ponto alto do cinema nacional.

Papo velho... Certo! Certo! Eu sei...

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Papai Noel Velho Batuta

Papai Noel velho batuta
Rejeita os miseráveis
Eu quero matá-lo!
Aquele porco capitalista

Presenteia os ricos
E cospe nos pobres
Presenteia os ricos
E cospe nos pobres

Papai Noel velho batuta
Rejeita os miseráveis
Eu quero matá-lo!
Aquele porco capitalista

Presenteia os ricos
E cospe nos pobres
Presenteia os ricos
E cospe nos pobres

Pobres, pobres...
Mas nos vamos seqüestrá-lo
E vamos matá-lo!

Por que?

Aqui não existe natal!
Aqui não existe natal!
Aqui não existe natal!
Aqui não existe natal!

Por que?

Papai noel velho batuta
Rejeita os miseráveis
Eu quero matá-lo!
Aquele porco capitalista

Presenteia os ricos
E cospe nos pobres
Presenteia os ricos
E cospe nos pobres

Garotos Podres

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Estados Unidos - Fase II

Na segunda metade dos anos 70, não era apenas em New York (e da blank generation) que surgiam os artistas mais importantes do rock americano. Na mesma época em que apareceram os primeiros punks na Inglaterra (igualmente influenciados pelo pessoal de New York), começaram a brotar as mais esquisitas bandas, nos mais estranhos lugares dos Estados Unidos, o que acabou resultando em um movimento batizado de new wave.
Os Residents e o Pere Ubu estão entre os ascendentes da new wave americana. Com influências de Captain Beefheart e de Frank Zappa, não havia limites formais para eles. Os Residents são um caso a parte: nunca se soube quem e quantos são os integrantes do grupo. Desde 74, eles vêm lançando discos que trazem créditos com informações falsas (para despistar a todos, chamando a atenção exclusivamente para a estética sonora). As suas músicas são muito experimentais, com instrumentações estranhas. Já o Pere Ubu era menos ousado, mas não menos excêntrico. As letras perplexas e o uso diferenciado dos instrumentos (cheios de ruídos) fizeram do grupo um dos precursores do rock industrial.
Da cidade de Akron, surgiu mais uma banda para engrossar a lista de esquisitos: o Devo. Com seus uniformes futuristas e letras cínicas, o quinteto logo se tornaria um dos símbolos da new wave. O mesmo aconteceu com o B-52's. Vindo da cidade de Athens (a mesma do R.E.M.), esse grupo tinha como marca registrada os seus rocks despreocupados, passos de dança singulares e cortes de cabelos inspirados na cultura americana dos anos 50/60. O nome de um desses cortes é que deu nome à banda.
De todas os grupos surgidos nessa leva, o que conseguiu maior sucesso perante o público foi o Cars, de Boston. Liderados por Rick Ocasek, esse quinteto fazia uma música despretensiosa, com boas melodias e bases dançantes (maior característica da new wave).
Da costa do Pacífico apareceram o Oingo Boingo (um octeto que fazia uma mistura interessante de ska e new wave) e o X (com sua sonoridade próxima ao do rockabilly).
Mesmo assim, nem todas as bandas conseguiram espaço para a sua música. Algumas tiveram de se mandar dos Estados Unidos para fazer sucesso. Foi o caso do Stray Cats (liderados por Brian Setzer) e do DB's. Ambos foram para Londres, mas somente o Stray Cats conseguiu real popularidade.

Discografia Básica

B-52's - The B-52's
DB's - Paris Avenue
Devo - Q: Are We Not Men? A: We Are Devo
Pere Ubu - The Modern Dance
Residents - Eskimo
The Cars - The Cars
X - Beyond & Back

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Ora pois!

O baixista dos Sex Pistols, Glen Matlock, afirmou em entrevista ao site The Quietus que a banda pode gravar um novo disco (o primeiro e único de estúdio foi gravado em 77), no ano que vem.

Ora pois. A anarquia punk só é justificada pelo surgimento do pós-punk. Os Sex Pistols gravaram um disco ótimo, mas é bom lembrar que a banda foi criada para vender roupas (o empresário dos Pistols, Malcolm McLaren, tinha uma confecção e nem queria saber de revolução roqueira alguma). A galera do pós-punk é que acreditou naquela história toda e seguiu fielmente a cartilha do faça você mesmo, validando o punk e criando várias possibilidades sonoras super interessantes e inovadoras. O próprio Clash foi gravar o seu melhor álbum ("London Calling"), passeando por vários gêneros, quando abandonou o estilo original (como fez John Lydon, ex-Sex Pitols, formando o Public Image Ltd.). Por outro lado, o grunge nem isso possibilitou. O pós grunge de maior evidência (Green Day, Offspring, popcore, etc) foi, na verdade, um retrocesso para o período 77-79.
O mundo musical, realmente, não precisa de um novo disco dos Sex Pistols. O que o mundo musical precisa é que algum pirralho rocker radical chegue, "abale as estruturas" e fale: O John Lydon é um velho cuzão. O Kurt Cobain era um junkie de merda... Por aí vai. E olhe lá...
Obviedades do começo ao fim. Ora pois.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

I Am the Resurrection

Mais outro grupo pode voltar em 2009. Agora, são os ingleses do Stone Roses, de Manchester. Para quem não sabe, a banda é considerada importante por realizar a transição entre a cena indie inglesa dos 80 e o british pop dos 90. Vamos a uma pequena biografia:
Ian Brown (vocais) e John Squire (guitarra) resolvem montar uma banda em 85. Ainda nesse ano, Mani (baixo) entra para o grupo, que agora se chama Stone Roses e também conta com um novo integrante; Reni (bateria). Após alguns shows, gravam o primeiro compacto ("So Young"). Somente mais tarde, em 87, é que lançam o segundo ("Sally Cinnamon"). Em 88, eles são contratados pela gravadora independente Silvertone e lançam mais um compacto ("Elephant Stone"). Mas foi apenas com a música "Made Of Stone", de 89, é que eles viraram mania dos ingleses. Meses depois, saía o primeiro disco; "The Stone Roses". O álbum era repleto de referências aos anos 60. Em 92, é a vez do disco "Turns Into Stone", uma coletânea de lados-b e faixas bônus. Após alguns anos, assinam com a Geffen Records e iniciam a gravação do seu segundo disco; "Second Coming". O lançamento ocorre cinco anos depois do primeiro álbum (!), e traz a banda executando seu pop rock sem se preocupar com o novo cenário musical. O disco não alcança sucesso. Depois de muitas discussões e brigas, o grupo termina. Brown seguiu em carreira solo, Squire formou o Seahorses e Mani entrou para o Primal Scream.
De acordo com uma entrevista realizada para a TV online Channelbee, Mani disse que Squire e Reni estão felizes com a possibilidade da reunião e que só falta convencer Ian Brown. Contudo, vale lembrar que o relacionamento entre Squire e Brown tem sido tempestuoso desde o fim do grupo, em 1996.
Hum... Não sei, não.

domingo, 21 de dezembro de 2008

Ataque dos sonhos (2008)


Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe (em foto recente). SENHORES do futebol!

Nem vem...

sábado, 20 de dezembro de 2008

Rádio rock para quem precisa de rádio rock

Quando eu morava no RS, gostava de escutar a Ipanema FM que as vezes chegava mal e porcamente na minha cidade (agora tá fácil, é só escutar no site). No entanto, a rádio anda bem "meia-boca", e já faz tempo; desde a época que a apresentadora/diretora Kátia Suman foi demitida (1999), depois de 16 anos de trabalho, e a Ipanema resolveu fazer do seu dial uma "filial" da 89FM (pop rock padrão). Suman era uma espécie de símbolo alternativo que a estação possuía, principalmente na sua programação variada (rock & roll, rock alternativo, mpb "maldita", blues clássico, funk "racha-assoalho", etc). No final de 2006, ela voltou para a Ipanema FM, porém, se não me engano, saiu de novo no início deste ano. Mas não posso reclamar da rádio de Porto Alegre. Aqui, em Floripa, não tem rádio com perfil rock. Aliás, aproveitando o post, uma constatação: das três capitais do Sul, Floripa é a única que não tem uma rádio rock. Se juntar o Sudeste com o Sul, também periga ser a única. Aí é foids.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Chão De Giz

Eu desço dessa solidão
Espalho coisas sobre um chão de giz
Ah, meros devaneios tolos a me torturar!
Fotografias recortadas em jornais de folhas, amiúde…
Eu vou te guardar num pano de jogar confetes
Eu vou te jogar num pano de guardar confetes

Disparo balas de canhão
É inútil pois existe um grão-vizir
Há tantas violetas velhas sem um colibri
Queria usar, quem sabe, uma camisa de força ou de vênus
Mas não vou gozar de nós apenas um cigarro
Nem vou lhe beijar, gastando assim o meu batom

Agora pego um caminhão, na lona vou a nocaute outra vez
Pra sempre fui acorrentado no seu calcanhar
Meus vinte anos de boy, that’s over baby! Freud explica
Não vou me sujar fumando apenas um cigarro
Nem vou lhe beijar gastando assim o meu batom
Quanto ao pano dos confetes, já passou meu carnaval
E isso explica por que o sexo é assunto popular.
No mais estou indo embora, no mais estou indo embora
No mais...

Zé Ramalho

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

E o quéquo?

Há rumores de uma possível volta do Los Hermanos para o ano que vem. Para mim, Los Hermanos é música para mpbista universitário: aquele que gostaria de ver a banda em um dos antigos festivais da TV Record (e cantaria junto, é claro). Se vai voltar ou não, tanto fez, tanto faz.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Da mesma gravadora do Nirvana

A julgar pelas votações dos melhores discos do ano, a banda americana Fleet Foxes se deu muito bem logo no seu cd de estréia (primeiro lugar na revista Mojo e segundo na Q e na Uncut, respectivamente). É... Pois é... Eu gosto de músicas que têm alguns elementos dos 80, por exemplo, mas que não soam datadas. Portanto, não tenho nada contra rêtros "mudernos" (Arcade Fire, Franz Ferdinand, The Killers, etc). Todavia, esse Fleet Foxes pegou um bonde (e bonde é bem apropriado) para os meados dos 60 e ficou por lá. Os caras não tiveram competência nem para pegar uma carona no folk/psicodelia daquela década e trazer para os 2000. Merda alguma. É uma simples reprodução do que se fazia nos sixties, sem inovação. A coisa tá tão feia que os gringos já estão se contentando com isso. Putcha mierda!

Será que desta vez vamos ver ripongos saindo de Seattle?

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Compartilhando o top 5

Quem viu o filme "Alta Fidelidade" sabe que o protagonista tem uma loja de discos furreca e adora fazer top 5 de tudo. Pois bem, eu também tenho o meu top 5 (musical):

Top 5 - Discos Internacionais

1) Exile On Main Street - Rolling Stones
2) Nevermind The Bollocks Here's The Sex Pistols - Sex Pistols
3) The Rise And The Fall Of Ziggy Stardust... - David Bowie
4) More Songs About Buildings And Food - Talking Heads
5) The Queen Is Dead - The Smiths

Top 5 - Músicas Internacionais

1) The Boy With The Thorn In His Side - The Smiths
2) Heroes - David Bowie
3) With Or Whitout You - U2
4) Just Like Heaven - The Cure
5) Slave To Love - Bryan Ferry

Top 5 - Discos Nacionais

1) Nós Vamos Invadir Sua Praia - Ultraje A Rigor
2) Krig-Ha, Bandolo! - Raul Seixas
3) Cabeça Dinossauro - Titãs
4) Dois - Legião Urbana
5) Fruto Proibido - Rita Lee & Tutti Frutti

Top 5 - Músicas Nacionais

1) Tempos Modernos - Lulu Santos
2) Quase Sem Querer - Legião Urbana
3) Chão De Giz - Zé Ramalho
4) Inútil - Ultraje A Rigor
5) Ouro De Tolo - Raul Seixas

Não tinha nada para escrever... Deu nisso.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Emo... cionante



HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA!!!

domingo, 14 de dezembro de 2008

Agenda de shows para 2009

Confirmados até agora:

Elton John (Ok!)

São Paulo: 17 de janeiro
Rio de Janeiro: 19 de janeiro

James Blunt

São Paulo: 17 de janeiro
Rio de Janeiro: 19 de janeiro
Porto Alegre: 27 de janeiro
São Paulo: 29 de janeiro

Alanis Morissette

Manaus: 21 de janeiro
Brasília: 23 de janeiro
Fortaleza: 24 de janeiro
Teresina: 28 de janeiro
Recife: 30 de janeiro
Salvador: 31 de janeiro
São Paulo: 3 de fevereiro
Rio de Janeiro: 4 de fevereiro
Belo Horizonte: 5 de fevereiro
Florianópolis: 7 de fevereiro
Porto Alegre: 10 de fevereiro

Simply Red (Ok!)

São Paulo: 3 e 4 de março
Rio de Janeiro: 6 de março

Backstreet Boys (Putz!)

São Paulo: 5 de março
Rio de Janeiro: 7 de março

Keane (Ok!)

São Paulo: 10 de março
Belo Horizonte: 12 de março
Rio de Janeiro: 13 de março

Iron Maiden (Argh!)

Manaus: 12 de março
Rio de Janeiro: 14 de março
São Paulo: 15 de março
Recife: 18 de março
Brasília: 20 de março

Kraftwerk

Rio de Janeiro: 20 de março
São Paulo: 22 de março

Radiohead (Ok!)

Rio de Janeiro: 20 de março
São Paulo: 22 de março

The Doors - Riders on the Storm

São Paulo: 18 de abril

Ainda podem vir: The B-52's, Coldplay, Peter Gabriel e AC/DC.

sábado, 13 de dezembro de 2008

BRock jurássico

Titãs
Cabeça Dinossauro (1986)

Os Titãs começaram como uma banda de rock com um forte apelo popular, alguns chegaram a chamá-los de pseudobregas. Mas com o decorrer dos tempos, eles passaram a ser conhecidos como uma banda de uma paulada só. O auge dessa discussão foi, sem dúvida, Cabeça Dinossauro, disco mais "punk" da trupe paulistana. A faixa-título, "Polícia", "Igreja" e "Porrada", são alguns exemplos. Mas não era só o punk rock que dominava o disco; tinha o pós-punk de "AA UU", "Bichos Escrotos" e "Homem Primata"; o reggae de "Família" e o funk de "O Quê?". Produzidos por Liminha (ex-Mutantes), os Titãs realizaram um dos discos mais importantes do rock nacional.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

A rainha do rebolado

Madonna é citada no filme "A Garota De Rosa-Shocking". Madonna também é citada no filme "Bridget Jones: No Limite da Razão". Você sabe qual é o intervalo de tempo entre os dois filmes? Dezoito anos (1986-2004). Não é fácil ficar em evidência no mundo do show business durante tanto tempo. Madonna conseguiu, e veio a ser um ícone pop porque é ambiciosa, mutante e, sobretudo, esperta (sempre utilizou o marketing a seu favor, mesmo em situações desfavoráveis, e criou uma carreira com mais altos do que baixos). Quando lançou o seu primeiro álbum, em 1983, ela já tinha 25 anos e sabia muito bem o que queria: "Everybody" e "Holiday" foram hits imediatos (seguidos de "Lucky Star" e "Boderline"). Mas foi no seu segundo disco, "Like A Virgin" (1984), que a moça de Michigan demonstrou ter feeling de vencedora. A faixa-título tocou exaustivamente nas rádios e o vídeo-clip passava sem parar na MTV, assim como "Into The Groove". E Madonna soube utilizar magistralmente essa forma de comunicação visual: o clip de "Material Girl", por exemplo, teve como inspiração o filme "Os Homens Preferem As Loiras" (1953), estrelado por Marilyn Monroe. Apesar de toda a sensualidade, marca registrada da cantora, o vídeo era, na realidade, uma crítica ao tipo de personagem que Marylin interpretava: a alpinista social que fazia de tudo para se dar bem. Em 1986, Madonna lançou "True Blue", outro campeão de vendas, contendo os sucessos "Papa Don't Preach", "Open Your Heart", "La Isla Bonita" e "Live To Tell". Por essa época, já casada com o ator Sean Penn, viu a sua vida tomar uma direção perigosa (tanto do lado artístico como do lado pessoal). Depois do fiasco da trilha sonora de "Who's That Girl" (1987), a cantora pôs um fim no seu penoso casamento com Penn e lançou "Like A Prayer" (1989), o seu álbum mais audacioso, até então, incorporando elementos de pop, rock e dance. Durante as duas décadas seguintes, Madonna continuou o seu reinado pop, realizando a famosa Blonde Ambition Tour (que resultou no filme-documentário "Na Cama Com Madonna"), lançando o polêmico livro "Sex" (onde fez vários ensaios fotográficos eróticos), fundando uma gravadora (Maverick), interpretando Evita Perón no cinema, casando de novo (com o filmmaker Guy Ritchie), divorciando de novo, virando escritora, gravando um calhamaço de hits: "Vogue", "Justify My Love", "Erotica", "Rain", "Secret", "Take A Bow", "Frozen", "Ray Of Light", "Music", "Hang Up", "4 Minutes", "Give It To Me", etc; e vendendo milhões de discos pelo mundo afora. Enfim, essa é artista que fará shows pelo país (depois de um hiato de quinze anos) nos dias 14 e 15, no Rio de Janeiro, e nos dias 18, 20 e 21, em São Paulo. No mais... era isso.

Se eu gosto de Madonna? Comprei apenas o primeiro disco dela, ainda em 1983, e na época ela tinha uma bundinha legal (para dizer o mínimo). ;)

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Exato!

"Viver é desenhar sem borracha"

Millôr Fernandes

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Pessoas são estranhas

Vinícius Gageiro Marques, 16 anos, conhecido no mundo virtual como Yoñlu, era filho único e um garoto superdotado, descrito como "extraordinariamente inteligente" e "extremamente sensível". Porém, a vida para ele era angustiante e dolorosa. Estimulado ao suicídio e auxiliado por pessoas anônimas na internet, Vinícius (Yoñlu) morreu asfixiado por monóxido de carbono, gerado a partir de duas churrasqueiras portáteis em chamas, dentro do banheiro de sua casa, em Porto Alegre, por volta das 15h30 de uma quarta-feira de inverno, 26 de julho de 2006 (data escolhida por ele e divulgada virtualmente). Foi a primeira vítima conhecida no Brasil de um crime que tem arrancado a vida de jovens de diferentes cantos do mundo. Antes de falecer, Yoñlu deixou uma carta de despedida, um cd com músicas próprias (que tinha previsão de lançamento para fevereiro deste ano) e o registro de vários posts adicionados em um grupo de discussão onde pedia "auxílio para morrer". Em um desses posts ele comentava o seguinte: "Ah, meu Deus. Eu não consigo suportar o calor, está tremendamente quente naquele banheiro. O que eu devo vestir para se tornar mais suportável? Eu tomei uma ducha antes, mas não adiantou nada. O que eu posso fazer? E o que eu devo fazer para desmaiar, por Deus?".

O texto acima é um resumo, feito por mim, de uma extensa reportagem publicada no início deste ano em uma revista de grande circulação no país. Nele, percebe-se que o menino em questão perdeu completamente o senso de realidade. Queria morrer, mas estava reclamando do calor que fazia no banheiro (?!). Queria morrer, mas de forma nobre, sem sofrer. Pobre alma. Agora, o que mais assusta é a frieza e a banalidade de como o assunto é tratado na internet (havia "vozes" torcendo para ele morrer). Mundo estranho este em que vivemos onde a morte é "romantizada", incentivada e transmitida ao vivo. E o pior de tudo é se o tal cd obtiver boas vendas devido a esse fato. Tomara que não, mas mesmo assim: pais, cuidem dos seus filhos!

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

A revolução do rock

O que foi o movimento punk? Você terá respostas diferentes se perguntar para um americano e para um inglês, entre aqueles que participaram diretamente da sua criação, na década de 70. Para os americanos, a definição correta é que o punk surgiu no clube CBGB, em New York, por volta de 74, com as bandas que tocavam por lá (Ramones, Television, Blondie, etc). Era uma aliança entre freqüentadores desocupados e uma trupe de art rockers, inspirados em Rimbaud (poeta francês). Para os ingleses, tudo começou com Malcolm McLaren, Bernie Rhodes e Jamie Reid. Eles criaram os Sex Pistols e o Clash do nada e saíram para as ruas provocando todo mundo com roupas esdrúxulas, cortes de cabelos absurdos, xingamento e violência. Tirando Iggy Pop e os New York Dolls, para os ingleses ninguém nos Estados Unidos era realmente punk e sim um movimento criado por artistas (!) ao invés de trabalhadores.
Agora, os fatos: O punk rock foi mais forte na Inglaterra e basicamente representava uma ruptura com o tipo de som que se fazia na época. Havia aqueles que fielmente acreditavam nessa ideologia. Era a turma mais aguçada e explosiva entre as bandas de pub rock pós-Dr. Feelgood. E também havia a turma dos aproveitadores anarquistas, que queriam apenas fazer dinheiro, religando a rebeldia do rock, perdida desde a década de 50. Era a luta entre os idealistas e os anarquistas. Estes queriam ganhar dinheiro e acabar com o rock, aqueles queriam que o rock voltasse a ser excitante e que valesse a pena. Os dois lados se divertiram e ambos fizeram muita grana. Mas o que mantinha a união do movimento era o seu ódio consensual pelo rock dos anos 70, monopolizado por "pessoas mais velhas e musicos chatos" (Rolling Stones, Led Zeppelin, Pink Floyd, etc). Dessa forma, o punk representou para os jovens uma oportunidade de demonstrar que não era preciso dominar instrumento algum para fazer música. Qualquer um podia subir no palco e participar do "circo", inclusive as mulheres. Sendo assim, os preconceitos tradicionais para com elas não existiam. Era comum ver bandas com garotas empunhando guitarras e cantando (Slits, X Ray Spex, etc). Hoje em dia, é algo absolutamente normal no rock.
Como a maioria das bandas não era aceita pelas grandes gravadoras, a solução adota foi partir para gravações independentes. Dezenas de gravadoras foram montadas de modo quase artesanal e muitas delas ficaram famosas (Stiff Records, Factory, Rough Trade, Mute, 4AD, etc), revelando grandes artistas do gênero.
Outro fato importante é que os punks reverenciavam o reggae e realizaram uma das uniões mais importantes da história da música.
Por todas essas mudanças causadas, o gênero passou a ser respeitado, e, com o passar dos anos, bandas como Sex Pistols, The Clash, The Jam, Buzzcocks, Siouxsie & The Banshees, Damned (grupo que lançou o primeiro compacto punk) e Stranglers, entre outras, se tornanaram ironicamente clássicas.
Elvis Costello, Nick Lowe, Graham Parker e Ian Dury, também merecem ser mencionados.

Discografia Básica

Buzzcocks - Another Music In A Different Kitchen
Elvis Costello - My Aim Is True
Ian Dury - New Boots And Panties
Sex Pistols - Never Mind The Bollocks Here's The Sex Pistols
Sham 69 - Punk Singles Collection
Siouxsie & The Banshees - The Scream
The Clash - The Clash
The Jam - In The City

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Invisibilidade Pública

TESE DE MESTRADO NA USP por um PSICÓLOGO

'O HOMEM TORNA-SE TUDO OU NADA, CONFORME A EDUCAÇÃO QUE RECEBE'

'Fingi ser gari por 8 anos e vivi como um ser invisível'

Psicólogo varreu as ruas da USP para concluir sua tese de mestrado da 'invisibilidade pública'. Ele comprovou que, em geral, as pessoas enxergam apenas a função social do outro. Quem não está bem posicionado sob esse critério, vira mera sombra social.

Plínio Delphino, Diário de São Paulo.

O psicólogo social

Fernando Braga da Costa vestiu uniforme e trabalhou oito anos como gari, varrendo ruas da Universidade de São Paulo. Ali, constatou que, ao olhar da maioria, os trabalhadores braçais são 'seres invisíveis, sem nome'. Em sua tese de mestrado, pela USP, conseguiu comprovar a existência da 'invisibilidade pública', ou seja, uma percepção humana totalmente prejudicada e condicionada à divisão social do trabalho, onde enxerga-se somente a função e não a pessoa. Braga trabalhava apenas meio período como gari, não recebia o salário de R$ 400 como os colegas de vassoura, mas garante que teve a maior lição de sua vida:

'Descobri que um simples bom dia, que nunca recebi como gari, pode significar um sopro de vida, um sinal da própria existência', explica o pesquisador.

O psicólogo sentiu na pele o que é ser tratado como um objeto e não como um ser humano. 'Professores que me abraçavam nos corredores da USP passavam por mim, não me reconheciam por causa do uniforme. Às vezes, esbarravam no meu ombro e, sem ao menos pedir desculpas, seguiam me ignorando, como se tivessem encostado em um poste, ou em um orelhão', diz.
Apesar do castigo do sol forte, do trabalho pesado e das humilhações diárias, segundo o psicólogo, são acolhedores com quem os enxerga. E encontram no silêncio a defesa contra quem os ignora.

Diário - Como é que você teve essa idéia?

Fernando Braga da Costa - Meu orientador desde a graduação, o professor José Moura Gonçalves Filho, sugeriu aos alunos, como uma das provas de avaliação, que a gente se engajasse numa tarefa proletária. Uma forma de atividade profissional que não exigisse qualificação técnica nem acadêmica. Então, basicamente, profissões das classes pobres.

Com que objetivo?

A função do meu mestrado era compreender e analisar a condição de trabalho deles (os garis), e a maneira como eles estão inseridos na cena pública. Ou seja, estudar a condição moral e psicológica a qual eles estão sujeitos dentro da sociedade. Outro nível de investigação, que vai ser priorizado agora no doutorado, é analisar e verificar as barreiras e as aberturas que se operam no encontro do psicólogo social com os garis. Que barreiras são essas, que aberturas são essas, e como se dá a aproximação?

Quando você começou a trabalhar, os garis notaram que se tratava de um estudante fazendo pesquisa?

Eu vesti um uniforme que era todo vermelho, boné, camisa e tal. Chegando lá eu tinha a expectativa de me apresentar como novo funcionário, recém-contratado pela USP pra varrer rua com eles. Mas os garis sacaram logo, entretanto nada me disseram. Existe uma coisa típica dos garis: são pessoas vindas do Nordeste, negros ou mulatos em geral. Eu sou branquelo, mas isso talvez não seja o diferencial, porque muitos garis ali são brancos também. Você tem uma série de fatores que são ainda mais determinantes, como a maneira de falarmos, o modo de a gente olhar ou de posicionar o nosso corpo, a maneira como gesticulamos.. Os garis conseguem definir essa diferenças com algumas frases que são simplesmente formidáveis.

Dê um exemplo.

Nós estávamos varrendo e, em determinado momento, comecei a papear com um dos garis. De repente, ele viu um sujeito de 35 ou 40 anos de idade, subindo a rua a pé, muito bem arrumado com uma pastinha de couro na mão. O sujeito passou pela gente e não nos cumprimentou, o que é comum nessas situações. O gari, sem se referir claramente ao homem que acabara de passar, virou-se pra mim e começou a falar: 'É Fernando, quando o sujeito vem andando você logo sabe se o cabra é do dinheiro ou não. Porque peão anda macio, quase não faz barulho. Já o pessoal da outra classe você só ouve o toc-toc dos passos. E quando a gente está esperando o trem logo percebe também: o peão fica todo encolhidinho olhando pra baixo. Eles não. Ficam com olhar só por cima de toda a peãozada, segurando a pastinha na mão'.

Quanto tempo depois eles falaram sobre essa percepção de que você era diferente?

Isso não precisou nem ser comentado, porque os fatos no primeiro dia de trabalho já deixaram muito claro que eles sabiam que eu não era um gari. Fui tratado de uma forma completamente diferente. Os garis são carregados na caçamba da caminhonete junto com as ferramentas. É como se eles fossem ferramentas também. Eles não deixaram eu viajar na caçamba, quiseram que eu fosse na cabine. Tive de insistir muito para poder viajar com eles na caçamba. Chegando no lugar de trabalho, continuaram me tratando diferente. As vassouras eram todas muito velhas. A única vassoura nova já estava reservada para mim. Não me deixaram usar a pá e a enxada, porque era um serviço mais pesado. Eles fizeram questão de que eu trabalhasse só com a vassoura e, mesmo assim, num lugar mais limpinho, e isso tudo foi dando a dimensão de que os garis sabiam que eu não tinha a mesma origem socioeconômica deles.

Quer dizer que eles se diminuíram com a sua presença?

Não foi uma questão de se menosprezar, mas sim de me proteger.

Eles testaram você?

No primeiro dia de trabalho paramos pro café. Eles colocaram uma garrafa térmica sobre uma plataforma de concreto. Só que não tinha caneca. Havia um clima estranho no ar, eu era um sujeito vindo de outra classe, varrendo rua com eles. Os garis mal conversavam comigo, alguns se aproximavam para ensinar o serviço. Um deles foi até o latão de lixo pegou duas latinhas de refrigerante cortou as latinhas pela metade e serviu o café ali, na latinha suja e grudenta. E como a gente estava num grupo grande, esperei que eles se servissem primeiro. Eu nunca apreciei o sabor do café. Mas, intuitivamente, senti que deveria tomá-lo, e claro, não livre de sensações ruins. Afinal, o cara tirou as latinhas de refrigerante de dentro de uma lixeira, que tem sujeira, tem formiga, tem barata, tem de tudo. No momento em que empunhei a caneca improvisada, parece que todo mundo parou para assistir à cena, como se perguntasse: 'E aí, o jovem rico vai se sujeitar a beber nessa caneca?' E eu bebi. Imediatamente a ansiedade parece que evaporou. Eles passaram a conversar comigo, a contar piada, brincar.

O que você sentiu na pele, trabalhando como gari?

Uma vez, um dos garis me convidou pra almoçar no bandejão central. Aí eu entrei no Instituto de Psicologia para pegar dinheiro, passei pelo andar térreo, subi escada, passei pelo segundo andar, passei na biblioteca, desci a escada, passei em frente ao centro acadêmico, passei em frente a lanchonete, tinha muita gente conhecida. Eu fiz todo esse trajeto e ninguém em absoluto me viu. Eu tive uma sensação muito ruim. O meu corpo tremia como se eu não o dominasse, uma angustia, e a tampa da cabeça era como se ardesse, como se eu tivesse sido sugado. Fui almoçar, não senti o gosto da comida e voltei para o trabalho atordoado.

E depois de oito anos trabalhando como gari? Isso mudou?

Fui me habituando a isso, assim como eles vão se habituando também a situações pouco saudáveis. Então, quando eu via um professor se aproximando - professor meu - até parava de varrer, porque ele ia passar por mim, podia trocar uma idéia, mas o pessoal passava como se tivesse passando por um poste, uma árvore, um orelhão.

E quando você volta para casa, para seu mundo real?

Eu choro. É muito triste, porque, a partir do instante em que você está inserido nessa condição psicossocial, não se esquece jamais. Acredito que essa experiência me deixou curado da minha doença burguesa. Esses homens hoje são meus amigos. Conheço a família deles, freqüento a casa deles nas periferias. Mudei. Nunca deixo de cumprimentar um trabalhador.
Faço questão de o trabalhador saber que eu sei que ele existe. Eles são tratados pior do que um animal doméstico, que sempre é chamado pelo nome. São tratados como se fossem uma 'COISA'.

domingo, 7 de dezembro de 2008

Mais do mesmo



1985? Não! O disco saiu em outubro deste ano. Retrô tá na moda.

"Spiralling" - Keane

sábado, 6 de dezembro de 2008

Heroes

I
I will be king
And you
You will be queen
Though nothing will
Drive them away
We can beat them
Just for one day
We can be Heroes
Just for one day

And you
You can be mean
And I
I'll drink all the time
'Cause we're lovers
And that is a fact
Yes we're lovers
And that is that

Though nothing
Will keep us together
We could steal time
Just for one day
We can be Heroes
For ever and ever
What d'you say

I
I wish you could swim
Like the dolphins
Like dolphins can swim
Though nothing
Will keep us together
We can beat them
For ever and ever
Oh we can be Heroes
Just for one day

I
I will be king
And you
You will be queen
Though nothing
Will drive them away
We can be Heroes
Just for one day
We can be us
Just for one day

I
I can remember
Standing
By the wall
And the guns
Shot above our heads
And we kissed
As though nothing could fall
And the shame
Was on the other side
Oh we can beat them
For ever and ever
Then we can be Heroes
Just for one day

We can be Heroes
We can be Heroes
We can be Heroes
Just for one day
We can be Heroes
We're nothing
And nothing will help us
Maybe we're lying
Then you better not stay
But we could be safer
Just for one day

David Bowie

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Exílio forçado

Rolling Stones
Exile On Main Street (1972)

Este é um dos melhores discos de rock de todos os tempos, senão o melhor. Os Rolling Stones tinham atingido, finalmente, o topo de suas carreiras com um álbum duplo cheio de rock, blues, soul e letras confessionais, verdadeiras imagens deles na época. Mick Jagger cantava as músicas como se fosse a última coisa que iria fazer na vida. Keith Richards e Mick Taylor arrasavam em suas guitarras, mais que perfeitas e sincronizadas. Bill Wyman e Charlie Watts seguravam tudo com uma robusta base sonora. Eles já haviam lançados pelo menos três discos clássicos anteriormente (Beggar's Banquet, Let It Bleed e Sticky Fingers), mas canções como "Rocks Off", "Tumbling Dice", "Sweet Virginia", "Happy" (com o vocal de Richards), "Let It Loose", "Soul Survivor" e "Shine A Light", todas presentes nesse disco, são memoráveis, formando um conjunto heterogêneo e, ao mesmo tempo, sólido com as demais, resultando no melhor trabalho da banda. O sentido da frase "sexo, drogas e rock and roll" nunca foi tão real.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Perguntas e respostas

O livro "As melhores entrevistas da revista Rolling Stone", editado faz pouco tempo no país, reúne, em ordem cronológica, 40 entrevistas feitas entre 1968 e 2005, e, como acontece na maioria das compilações, há os seus altos e baixos. Pete Townshend, por exemplo, ficou divagando sobre quebrar guitarras em shows. Jim Morrison, conhecido pelas suas boas letras (e junkie de plantão), hora era prolixo, hora era lacônico nas suas respostas, o mesmo aconteceu com Brian Wilson (mas esse sempre foi descontrolado e maluco de amarrar na cadeira, mesmo clean). Por sua vez, o desmiolado produtor Phil Spector demonstrou uma percepção bem fundamentada do show business dos anos 60 e Ozzy Osbourne, que, para mim, é a personificação clássica do metaleiro tapado burrão, fez uma lúcida e surpreendente entrevista, relatando as suas mazelas. O livro ainda traz outros destaques: John Lennon comentando os efeitos do LSD. Spike Lee quase "saindo na mão" com o seu entrevistador. Tina Turner expondo toda a sua vida atribulada. Axl Rose confessando que foi abusado sexualmente quando pequeno. Mick Jagger falando de Keith Richards e Keith Richards detonando Mick Jagger. E por aí vai...
Se você gosta de cultura pop, "As melhores entrevistas da revista Rolling Stone", que conta com uma excelente introdução escrita por Jann S. Wenner (fundador, editor e publisher da revista), é um bom pedido para este Natal.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Maluco dureza e os piores shows

Certa feita, a revista Uncut fez uma lista com os piores shows de todos os tempos. Entre eles, na décima primeira posição, estava um do The Fall. Agora, veja só o relato do jornalista que acompanhou a "clássica" apresentação e o resultado:

The Junction, Cambridge, 24 de outubro de 1995
Por Pat Long

"The Junction era um prédio feio situado no meio de um bloco industrial atrás da estação de trem de Cambridge. The Fall tocou aqui em 1993 e o bootleg do show prova que foi incrível - o álbum que eles estavam promovendo, The Information Scam, era um retorno a boa forma, Mark E Smith estava bêbado, mas legal e engraçado, e eles finalizaram o show com uma puta cover dos Sonics para "Strychnice". Eu não estava nesse show. O show que eu fui foi dois anos mais tarde, e foi um dos mais hostis que eu presenciei em toda minha vida. A primeira coisa que Smith fez foi chutar a câmera do fotógrafo da NME Andy Wilsher, e depois chutar a cara dele. Aí ele balbuciou algumas músicas e deu um pontapé na bunda do guitarrista Craig Scanlon. Depois disso, ele foi tropeçando para o camarim e cantou o resto do show de lá. Scanlon deixou a banda no dia seguinte, depois do que parecia ter sido 16 longos e cansativos anos."

A lista:

01. DAVID BOWIE – Wembley Stadium, 19 de julho de 1987 (Glass Spider Tour)
02. THE STONE ROSES – Reading Festival, 25 de agosto de 1996
03. WOODSTOCK 94 – New York, 12/13/14 de agosto de 1994
04. THE SEX PISTOLS – Finsbury Park, Londres, 23 de julho de 1996
05. PINK FLOYD – Earls Court, Londres, agosto de 1980
06. KEVIN ROWLAND – Jazz Café, Londres, outubro de 1999
07. OASIS – Whiky-A-Go-Go, Los Angeles, 24 de setembro de 1994
08. BLUR – Brixton Academy, Londres, abril de 1992
09. ELTON JOHN – Hammersmith Odeon, Londres, 24 de dezembro de 1994
10. ROLLING STONES – Knebworth, Herts, 21 de agosto de 1976
11. THE FALL – The Junction, Cambridge, 24 de outubro de 1995
12. BOB DYLAN – Hammersmith Odeon, Londres, 9 de fevereiro de 1993
13. THE DARKNESS – Alexandra Palace, Londres, 7 de fevereiro de 2006
14. YES – Madson Square Garden, New York, 6 de setembro de 1978
15. SUICIDE – Royal Festival Hall, Londres, 4 de julho de 1998

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008