quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Yes, we can!

A super popularidade de Barack Obama está apoiada em duas causas bem visíveis:

1) Ele substitui um dos presidentes mais impopulares (senão o maior) que os EUA já tiveram. Um bocó republicano que colocou o seu país em uma guerra cujos motivos até hoje não estão bem claros. Um sujeito que foi reeleito de forma estranha e truculenta. Um incompetente que deixou a economia mundial em frangalhos ao assistir o quebra-quebra dos bancos e da bolsa de valores americana sem uma ação concreta para evitar a recessão. A sapatada foi insuficiente.
2) Obama é o primeiro presidente afro americano de um país cuja segregação racial não foi nem um pouco velada. Dois ícones máximos da luta contra o preconceito racial, um que pregava uma solução pacífica (Martin Luther King) e outro mais radical e separatista (Malcolm X), foram assassinados por defenderem os direitos dos negros americanos. É fácil constatar o quanto a eleição de Barack Obama foi importante ao lembrarmos que a famosa e sangrenta guerra civil americana foi originada devido à problemas raciais (o norte do país era abolicionista, o sul não). Portanto, a presidência de um afro americano para aquela nação, em uma análise imediata e simplista, significa a união entre raças, a união de todos. E a campanha dos democratas foi e está sendo baseada justamente nisto: no voluntariado, ou seja, no que John F. Kennedy pregou no seu discurso de posse (faça pelo seu país). Recado certeiro para quem precisa enfrentar uma crise econômica interna e de identidade, fruto de oito anos de governo Bush.

Aparentemente, Obama tem o perfil de quem pode realmente liderar a nação mais poderosa do mundo para novos e prósperos caminhos. Vamos ver no que vai dar. O que for bom para eles, pode ser bom para nós.

E isso tudo você já sabia, não é?