segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

O outro Nirvana

Primeiro a biografia... Depois a "porretada".

Kurt Cobain (vocais, guitarra) e Chris Novoselic (baixo) começam a tocar juntos em 85. Dois anos depois, com Aaron Burkhart na bateria, formam o Nirvana. Ainda em 87, assinam com a gravadora Sub Pop, sediada em Seattle (que fica a poucos quilômetros da cidade natal do grupo, Aberdeen). Após o single de estréia ("Love Buzz", produzido por Jack Endino), lançam, em 89, o primeiro disco, "Bleach", já com Chad Channing na bateria. A música "Sliver" torna-se sucesso nas rádios universitárias americanas e o álbum vende bem. No final de 90, eles deixam a Sub Pop e assinam com a Geffen. Nessa época, Dave Grohl assume o lugar de Chad. Em 91, eles lançam "Nevermind", que chega ao primeiro posto da parada americana e que trazia clássicos como "Smells Like Teen Spirit" e "Come As You Are". O disco foi produzido por Butch Vig (que mais tarde se tornaria o baterista do Garbage). Com o sucesso da banda, vários grupos de Seattle ficaram famosos (ao movimento foi associado o termo grunge) e a cidade virou uma espécie de símbolo do rock moderno. Um ano mais tarde, eles lançam "Incesticide", coletânea com faixas raras do início de carreira. Em janeiro de 93, se apresentam no Brasil, causando polêmicas no decorrer dos shows, e em agosto lançam o álbum "In Utero", menos acessível que "Nevermind". Durante a turnê européia de 94, Cobain entra em coma devido a uma overdose de calmantes. De volta aos Estados Unidos, no dia 8 de abril do mesmo ano Kurt Cobain é encontrado morto em sua casa, junto a um bilhete que explicava as razões do seu suicídio. Era o fim do Nirvana e, de certo modo, da geração grunge.

Há um consenso quase unânime em afirmar que o Nirvana abriu a caixa de Pandora do show business ao transformar o underground em mainstream. Trocando em miúdos: ao transformar o rock alternativo em situação, não mais em oposição, o que resultou na massificação do indie rock e, conseqüentemente, do hardcore/popcore/emocore... blá, blá, blá; e no suposto sepultamento do pop rock (que se tornou o alternativo do alternativo).

As vezes eu até entendo o suicídio do Cobain. Juro.

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