sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Pequena alegria

Vou ter que dar o braço a torcer. O disco do Little Joy, banda de Fabrizio Moretti (baterista do Strokes) e de Rodrigo Amarante (guitarrista/vocalista do Los Hermanos), é muito bom. Escrevo "ter que dar o braço a torcer" porque recentemente andei metendo o pau no Los Hermanos, mas vai ver que o lado chato do grupo era o Camelo da Mallu(ca), não sei... No Little Joy, Moretti também toca outros instrumentos e a contribuição mpb/bossa nova de Amarante é bem delineada, porém a mistura dos ritmos brasileiros com pop, folk, indie, e rock anos 60 (não necessariamente na mesma canção) é o grande atrativo do álbum. Quase todas as músicas são cantadas em inglês, a exceção é a última ("Evaporar"), e além de Amarante a americana Binki Shapiro (a terceira integrante) também coloca sua voz em algumas. Outra característica que chama atenção no disco é o som "abafado" das 11 faixas, dando um gosto de produção low-tech.
Nos 31 minutos de duração (little, não é?), o pessoal do Little Joy fez um dos melhores discos do ano passado e promete gerar comentários do tipo "ame-o ou deixe-o".
Destaques: "Brand New Start", uma balada "ensolarada"; "No One's Better Sake", geléia geral com jeitão reggae; "Keep Me In Mind", a única que lembra a batida do Strokes; e "How To Hang A Warhol", que parece uma mescla de Creedence Clearwater Revival com The Byrds.
"Joynha"!

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